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JBS começa a vender carne na porta das residências em MS

09 abril 2010 - 21h11Por Jefferson da Luz - Via Livre Comunicação.

O frigorífico JSB já começou a implementar sua nova estratégia de venda em Mato Grosso do Sul, a entrega em domicílio. Há cerca de um mês e meio, os moradores da cidade de Corguinho, a 60 quilômetros de Campo Grande, estão tendo a oportunidade de comprar diversos cortes de carne direto do frigorífico.

“Nossa intenção é levar à população do Estado um produto de qualidade, com procedência e de uma marca conhecida no mercado”, disse Eduardo Azzi, gerente do JBS em Campo Grande. “Essa é basicamente nossa estratégia. Mas, mais detalhes eu não posso contar”, adiantou de início.

Contudo, basta ligar em qualquer cidade do interior onde o serviço já esteja funcionando plenamente -Presidente Prudente (SP), por exemplo- que as atendentes explicam como tudo funciona. Todos os dias uma van refrigerada com a logomarca da Swift passa pelas ruas anunciando sua presença; a dona de casa pode fazer o pedido um dia antes que os corte -pesando entre 0,8kg e 3,5kg- serão entregue na porta de sua residência. As vans também costumam parar em determinados locais em cada bairro e esperar os clientes.      

Inicialmente, o objetivo é entrar em municípios com até 150 mil habitantes em um raio de até 150 quilômetros de distância de uma unidade de abate. Em Campo Grande, a expectativa é de que o serviço esteja funcionando já no início do segundo semestre, caso não haja revés.

Mas, se comprar direto do frigorífico parece significar pagar menos pela picanha, não se engane, segundo o diretor, os preços serão competitivos com os do mercado local, isso para evitar concorrência desleal.

O presidente do Grupo JBS, João Batista Sobrinho, por ocasião do lançamento da Expo MS, no ano passado, já havia dito que tinha a intenção de diminuir a presença dos atravessadores na cadeia da carne.

Opinião - Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, a ideia é boa e ele não vê obstáculos. “Se estiver obedecendo todas as normas sanitárias, não vejo problema. Agora, quem vai decidir se é uma boa opção ou não é a dona de casa que compra a carne todos os dias”, atenta.

Ele lembra que estudos mostram que o maior lucro na cadeia da carne fica com o varejo, enquanto o menor está com o produtor. “Esperamos que com a eliminação dos atravessadores e do comércio varejista o frigorífico possa remunerar melhor pela arroba do boi”, comenta.

No Paraná, onde o sistema já funciona há mais tempo, os açougueiros não gostaram da concorrência, segundo matéria do jornal Valor Econômico. Em Jandaia do Sul, os varejistas pediram para a prefeitura solicitar que o frigorifico direcionasse as vans primeiramente às cidades vizinhas. Em Apucarana, os comerciantes já fazem as contas de quantos trabalhadores estão sob risco de perderem seus postos, mil.