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CNA: exigência de índice é agressão à livre iniciativa

11 novembro 2009 - 00h00Por BeefPoint

 

A exigência de índices de produtividade para o setor agropecuário "é uma agressão à livre iniciativa, que consiste em um dos pilares da democracia". A afirmação é da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e foi feita durante o seminário "CNA discute o Brasil", realizado ontem (10) na sede da entidade, em Brasília.
 
"O produtor rural como empresário que visa ao lucro de sua propriedade privada é que deve decidir quanto, quando e o que produzir, levando em conta um conjunto de fatores. Não é o governo com suas decisões que deve vir com a mão forte e pesada nas decisões do empresário querendo revisar os índices de produtividade", disse a senadora.

Kátia Abreu também defendeu para o agronegócio tratamento equivalente aos de outros setores da economia em relação à produção. Segundo ela, as condições dadas a empresas urbanas e indústrias também devem estar disponíveis para os produtores rurais.
 
"Precisamos das mesmas coisas: capacidade, eficiência de gestão, tecnologia, mão de obra, juros baixos. Não basta apenas transferir um pedaço de terra, porque transferência de patrimônio não significa transferir renda", enfatizou.
 

Em relação ao tema de hoje do seminário, que abordou direito de propriedade e índices de produtividade, a presidente da CNA defendeu um debate no qual prevaleça à razão, levando em conta os indicadores econômicos e sociais. "Não dá mais para ficarmos agarrados a conceitos ideológicos, com as pessoas tratando certos assuntos como religião ou dogma".

A presidente da CNA falou das consequências negativas que os índices de produtividade poderão trazer para a população, diante da proposta de revisão dos indicadores a que os produtores rurais devem obedecer. Uma das preocupações é a falta de alimentos para a população mundial. Para a presidente da CNA, o peso do setor na economia é um dos pontos que devem ser observados nas discussões sobre os índices de produtividade, uma vez que o agronegócio responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos e das exportações.

Ela destacou que, graças ao uso de alta tecnologia e de entidades de pesquisa como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os alimentos hoje são mais baratos e representam 18% do rendimento das famílias, enquanto na década de 60 este percentual era de 48%.