Kátia Abreu também defendeu para o agronegócio tratamento equivalente aos de outros setores da economia em relação à produção. Segundo ela, as condições dadas a empresas urbanas e indústrias também devem estar disponíveis para os produtores rurais.
Em relação ao tema de hoje do seminário, que abordou direito de propriedade e índices de produtividade, a presidente da CNA defendeu um debate no qual prevaleça à razão, levando em conta os indicadores econômicos e sociais. "Não dá mais para ficarmos agarrados a conceitos ideológicos, com as pessoas tratando certos assuntos como religião ou dogma".
A presidente da CNA falou das consequências negativas que os índices de produtividade poderão trazer para a população, diante da proposta de revisão dos indicadores a que os produtores rurais devem obedecer. Uma das preocupações é a falta de alimentos para a população mundial. Para a presidente da CNA, o peso do setor na economia é um dos pontos que devem ser observados nas discussões sobre os índices de produtividade, uma vez que o agronegócio responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos e das exportações.
Ela destacou que, graças ao uso de alta tecnologia e de entidades de pesquisa como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os alimentos hoje são mais baratos e representam 18% do rendimento das famílias, enquanto na década de 60 este percentual era de 48%.