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Setor de carnes terá um bom 2010 segundo Rabobank

11 janeiro 2010 - 00h00Por Valor Econômico.

Segundo o banco Rabobank, que divulgou o estudo "Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro" em 2010, este ano deve ser melhor para as cadeias produtivas de carnes confirmando projeções divulgadas pelas principais associações de frigoríficos, o banco ainda aponta que o principal desafio do setor deve ser a variação cambial.

"O setor de carnes inicia 2010 com bastante força", afirma Guilherme Bellotti de Melo, analista do Rabobank. Além do cenário ser mais positivo para os mercados, avalia, o aprofundamento do processo de consolidação fortaleceu os grandes frigoríficos. Em 2009, recuperações judiciais e grandes aquisições e incorporações deram o tom, em um movimento que deverá ter continuidades em 2010

"A diversificação de proteínas também podem permitir margens maiores aos frigoríficos", diz Melo, em referência aos investimentos de tradicionais frigoríficos de carne bovina ou de frango e suínos em outras cadeias, inclusive a leiteira. "Particularmente em bovinos, a agregação de valor é mais limitada. A diversificação abre novas possibilidades", diz.

O estudo do Rabobank prevê preços melhores para a carne bovina. Mas projeta aumentos moderados, uma vez que "os consumidores ainda estarão muito sensíveis a qualquer sinal de que o crescimento da economia não será sustentável". Em contrapartida, se esse aumento de preços não for significativo, os pecuaristas terão um ano pior que 2009, uma vez que a fase é de recomposição de rebanhos e, portanto, de elevação da oferta.

É parecido o horizonte para os preços da carne de frango, e, da mesma forma a força do mercado doméstico é destacada como fator de sustentação das margens dos frigoríficos. Para os criadores, o banco realça a expectativa de que os custos de rações e animais vivos sigam estáveis e, com isso, as margens mantenham-se firmes.

Para a carne suína, o cenário traçado aponta para recuperação de preços e margens para os criadores, em virtude de projeções de aumento da demanda nos mercados interno e externo.