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Sest/Senat promove boas práticas no transporte de gado

28 setembro 2009 - 00h00

Valorizar o motorista que trabalha no transporte de gado de corte, evitar perdas na cadeia da carne e ainda proporcionar um alimento de melhor qualidade na mesa do consumidor, estes são os principais objetivos do programa Boas Práticas no Transporte de Bovinos de Corte. O trabalho é realizado pelo Sest/Senat (Serviço Nacional do Transporte/Serviços Nacional de Aprendizagem no Transporte) em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

“Não são regras, mas boas práticas -que começam com o manejo dos animais, desde o embarque até a entrega-, para que não sejam feridos. Ter o cuidado de não tratar com gritos, não cutucar ou ainda deixá-los expostos ao calor sem água durante longos períodos”, pontua Andréia Zani Castanheira Irigaray, diretora do Sest/Senat.

Segundo ela, existe um grande número de acidentes que podem estar acontecendo durante o transporte devido à falta de cuidado. Além do sofrimento dos animais, há também os prejuízos econômicos causados por um transporte inadequado, isso porque o couro e a carcaça do gado são danificados.

O açougue, que vende a carne no varejo, também sente os prejuízos que começaram com o transporte, pois, além dos hematomas e contusões, o estresse pelo qual os animais passam, quando mal conduzidos, eleva o PH da carne o que diminui sua vida útil no balcão do comerciante.

Quanto às precauções na estrada, Andréia lembra que o motorista tem de ter o cuidado conduzir o veículo com tranquilidade, sem arrancas ou freadas bruscas. “O caminhoneiro não pode permitir que os animas se deitem, não pode cutucá-los e deve fazer paradas periódicas”, salienta.

A gaiola - A diretora destaca ainda que as gaiolas (como são conhecidas as carrocerias dos caminhões que transportam gado) têm de seguir algumas sugestões para não machucar os animais, tais como: ter paredes lisas, livres de bordas, não ter parafusos, pregos ou lascas de madeira que possam furar o couro ou causar lesões a carcaças, ter o assoalho emborrachado para facilitar a limpeza e ressaltos para evitar escorregões.

Uma prática proibida, mas que ainda muito comum, é o uso de palia de arroz ou serragem de madeira para cobrir o chão da gaiola. Conforme Andréia, não se usar a cama de frango é uma questão de higiene, do ponto de vista sanitário é proibido, pois ajuda na disseminação de doenças. “O ideal é que o motorista limpe seu veículo toda vez que desembarcar sua carga”.

A intenção é se criar um certificado para o motorista que obedece todos os critérios de boas práticas no transporte, o objetivo é valorizar a categoria e diminuir as perdas.

Durante a 1ª Expo MS –que vai de 2 a 12 de outubro-, este projeto vai ser fomentado entre as instituições que o promovem e os evolvidos na cadeia produtiva da carne. A previsão é de que o curso para os motoristas seja realizado na primeira semana de novembro, e será ministrado por veterinários, agrônomos e zootecnistas.