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Produção de gado confinado aponta para alta de 31%

18 maio 2011 - 11h33
Produção de gado confinado aponta para alta de 31%

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) projeta que haverá crescimento de 31% no volume de gado confinado em 2011, de acordo com o primeiro levantamento sobre a produção de animais confinados realizado pela entidade em abril, que comparou os números finais de 2010 com a expectativa de produção de seus associados para 2011.  

Segundo dados da pesquisa, que ouviu 61 pecuaristas associados, em 11 Estados, 65% dos entrevistados acreditam que a produção de gado confinado no Brasil será maior do que em 2010, 10% pensam que vai diminuir e os outros 25% pensam que a produção deve se manter estável. Para esse ano, o que tem preocupado parte dos confinadores são os altos custos de produção, basicamente boi magro e insumos para nutrição. Em média, os custos com aquisição dos insumos para compor a dieta animal subiram 24%.

Segundo o zootecnista da Assocon e responsável técnico pelo levantamento, Bruno Andrade, a expectativa para uma maior produção de gado confinado é alta, entretanto, a totalidade de gado para cumprimento da meta de 2011 não está totalmente adquirida, apresentando somente, entre todos os entrevistados, a quantidade suficiente para se repetir os números de 2010.

– Essa expectativa será confirmada ou não nas próximas pesquisas, quando teremos uma sinalização melhor sobre os preços do boi gordo no segundo semestre, bem como das matérias-primas utilizadas para compor a dieta do bovino – completa Andrade.

As condições das pastagens em parte do Brasil Central não estão em boas condições e um período de seca mais intensa poderá forçar uma entrada maior de animais nos confinamentos. O levantamento publicado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) aponta expectativa de crescimento do volume de gado confinado na ordem de 29% em Mato Grosso. O Estado, além de reunir as fontes de matérias-primas para o confinamento, passou recentemente por graves problemas com pragas e seca em parte das áreas de pastagens, o que continua prejudicando a engorda de animais em sistema extensivo.

Para Andrade, é importante ressaltar que todos os anos, o primeiro levantamento sempre é ou otimista ou pessimista demais.

– Portanto, é preciso considerar que fatores de mercado e ambientais que interferem na produção e podem fazer com que esta estimativa se altere no decorrer do ano. Temos que deixar claro que o crescimento de 31% esperado para 2011 é sobre uma expectativa que ainda não se confirmou e, por ser ainda cedo demais, poderemos ter reajuste nessa previsão, provavelmente para baixo, por conta dos custos básicos de produção, como o preço do boi magro e dos ingredientes que vão à formulação da ração para o gado confinado – finaliza Andrade.