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Polícia investiga roubos e furtos de gado no Pantanal

18 maio 2010 - 00h00Por Midiamax.

Pecuaristas da região do Pantanal sofrem com uma prática que está se tornando comum na região: o roubo e furto de gado. Com grande extensão e de difícil acesso, nem sempre policiais podem chegar até as propriedades rurais do pantanal sul-mato-grossense, o que fez aumentar a quantidade de crimes sem punição. Produtores agora começam a denunciar os casos. Com uma criação de quase 2 milhões de cabeças de gado, o Pantanal se tornou alvo fácil de ladrões. Além da captura, existem pessoas especializadas em transportar, via rio, os animais para outras localidades. Um prejuízo para pecuaristas que em alguns casos são até ameaçados, caso denunciem.

De acordo com o delegado titular da Polícia Civil, Jeferson Rosa Dias, há grandes indícios de furtos e até roubos de bovinos em propriedades rurais da região pantaneira. Através de denúncias, os policiais estão conseguindo chegar até os acusados e conhecer o campo de atuação dos ladrões de gado.

Na última semana, equipes da Polícia Civil e Polícia Militar Ambiental, foram de avião até uma propriedade, após denúncia de furto de bovinos. Próximo a propriedade rural, os policiais encontraram 82 cabeças de gado, a maioria “borrados” - animais com identificação apagada por outra marca - e outros com o registro da fazenda do pecuarista que fez a denúncia. No momento da abordagem, as reses eram preparadas para serem transportadas através de uma balsa.

Apesar dos indícios, nesta operação ninguém foi preso. O delegado aguarda a confirmação da procedência do gado, através de um laudo pericial, que deve sair em 30 dias. Jeferson Dias afirmou ao Diário que a Polícia Civil deve começar a atuar de forma mais efetiva na bacia pantaneira, já que muitos produtores procuraram a delegacia para denunciar mais casos de furto e roubo de bovinos.

“Vamos trabalhar mais no Pantanal. Sabemos que a região ficou muito tempo abandonada, agora queremos fazer um acompanhamento mais frequente na localidade”, comentou. O delegado explicou também que uma das maiores dificuldades para se monitorar o pantanal é a extensão da área. “Não temos barcos e aeronaves, precisamos contar com parcerias para fazer nossas operações. Existem locais de difícil acesso dentro do pantanal”, observou.