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Pecuária de Corte: Aumenta o processo de retenção de matrizes

18 outubro 2010 - 00h00Por DCI

 A retenção de matrizes por conta da valorização do bezerro continua, mas esse processo longo e de alto custo só deverá gerar aumento de oferta de boi gordo em 2014.

Segundo Felipe Moura, proprietário da Agropecuária Ponderosa, em Manduri, interior de São Paulo, e diretor da Scalzilli Agropastoril, no Rio Grande do Sul, com as cotações elevadas do bezerro, o pecuarista que está de olho no crescimento do faturamento opta pela retenção de fêmeas para recria. "É um ciclo natural e importante neste cenário."

Dados da Scot Consultoria apontam que no primeiro semestre de 2010, a cotação do bezerro de sete arrobas subiu quase 20%. Em junho de 2006, um bezerro custava R$ 401; hoje ele vale R$ 750, como valia no período pré-crise, em 2008. Estatística da consultoria mostra que no primeiro semestre deste ano as fêmeas respondiam por 36,3% dos abates, ante 39,6% no mesmo período de 2009.

"A menor participação de matrizes ocorreu em 2002, com 28,7%", diz Hyberville Neto, analista da Scot. Para o analista, a continuidade da retenção de fêmeas no rebanho, além de indicar investimento no setor, colabora com a diminuição de animais para abate, o que consequentemente gera aumento das cotações bovinas.

Segundo Neto, de junho até outubro deste ano a arroba do boi gordo valorizou 15,5%. Em São Paulo, a comercialização da arroba, à vista, livre de Funrural, está em R$ 93. Em Goiânia, a pouca oferta provocou alta e os preços chegaram a R$ 90 a arroba, a prazo, livre do Funrural se alinhando aos preços praticados do sul do estado e até o Mato Grosso do Sul. Já no sul da Bahia, os negócios diminuíram e a cotação voltou para R$ 85 à vista, sem imposto. Analistas apostam em que até o fim do ano os preços da arroba devem se aproximar da casa de R$ 100.