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Litro do leite deve ter queda de até 25% graças ao retorno da safra e das chuvas

06 dezembro 2010 - 10h33Por Folha do Estado

Com a volta das chuvas e o início da safra, o leite longa vida, em caixinha de 1 litro, está sendo vendido por valores entre R$ 2,09 e R$ 2,65, dependendo da marca. Já o leite com cálcio pode ser visto nos supermercados, em média, por R$ 3,69. No período de entressafra, no qual o Estado passou por estiagem rigorosa, o produto chegou a ter incremento no custo entre 23% e 25% nas gôndolas dos supermercados.

De acordo com o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Katena, esta semana o leite já foi adquirido pelos supermercadistas quase 2,5% mais barato. “A tendência agora é baixar mais ainda. É normal essa variação durante o ano”.

Para o produtor, as indústrias chegaram a pagar entre 27% e 29% a mais pelo produto, conforme o presidente da Empresa de Laticínios Lacbom, situada em Araputanga (a 349 quilômetros de Cuiabá), Ademar Furtado.

Ele comenta que no pico da entressafra chegou a pagar entre R$ 0,63 e R$ 0,78 o litro para os produtores e que hoje o litro é pago de R$ 0,50 a R$ 0,64. “Agora teremos um inverso, entre dezembro e março, desta situação. Teremos um aumento de 40% na demanda e o custo para o consumidor cairá até 25%”.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso (Sindilat-MT), Arnaldo da Silva Alves Filho, a estiagem de mais de 150 dias causou muito prejuízo para a produção do leite, assim como em áreas como a agricultura. “Tivemos um atraso de 30 dias para começar a safra, ou seja, ao invés de começar em outubro, tivemos de adiar para novembro. Com a volta das chuvas, começa a melhorar a oferta do leite e seus derivados”, diz Alves.

SURPRESAS

Conforme o presidente da empresa Lacbom, o mercado do leite neste período de seca teve surpresas. “Foi um ano atípico para o setor, mas o governo exportou leite de outras regiões do país e até mesmo do exterior. A região sudoeste nunca teve uma estiagem tão longa como a que tivemos este ano. Os estoques ainda estão em baixa, bem como a produção do leite e seus derivados nas indústrias, mas isso já está melhorando”, completa Furtado.