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Delegado da OIE considera injustificáveis embargos de países à carne bovina do Brasil

09 janeiro 2013 - 19h31Por Agrodebate
Delegado da OIE considera injustificáveis embargos de países à carne bovina do Brasil

O delegado no Brasil da Organização Mundial da Saúde (OIE - sigla em Inglês), Guilherme Marques, reafirmou o status do sistema sanitário do país como risco insignificante. O representante declarou, também nesta terça-feira (8), que as restrições impostas à carne bovina brasileira por 10 país são injustificáveis.

Os embargos iniciaram após a confirmação de um caso não clássico do agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da vaca louca, no estado do Paraná. "Não há razões para alterar a classificação do Brasil de risco insignificante, uma vez que o país vem cumprindo integralmente com todas as recomendações descritas no Código Sanitário da Organização", ressaltou.

Pelas normas da OIE, o país membro é considerado de risco insignificante da doença quando atende todas as medidas de mitigação de risco e nunca tiver ocorrido um caso nativo da doença ou que tenha ocorrido em animais com idade superior a onze anos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no caso registrado no Paraná o animal que veio a óbito já estava com 13 anos.

A organização deve se reunir em fevereiro para discutir os aspectos epidemiológicos acerca da doença durante a reunião da comissão científica da instituição. O Brasil, segundo o Mapa, irá apresentar todas as ações decorridas após a identificação do caso de EEB no país, conforme os exigências técnicas estabelecidas pelo Código Zoosanitário da OIE. No início da semana (7), o ministro Mendes Ribeiro Filho, declarou que o fim do embargo ao produto brasileiro "é uma questão de tempo".

Em reação ao bloqueio pelos países, o governo brasileiro decidiu enviar missões a todos aqueles que decidiram proibir a entrada da proteína animal. Os países que boicotaram a carne bovina brasileira desde a confirmação da morte do animal são: Arábia Saudita, China, Japão, Africa do Sul, Taiwan, Líbano, Peru (vigente por 90 dias), Jordânia (apenas carnes de origem do Paraná), o Chile (exportação de farinha de carne e de osso) e a Coréia do Sul. Segundo o Mapa, não foram confirmados outros casos relacionados à EBB no país.

E ainda não há previsão de quando as exportações da proteína serão retomadas. Segundo o ministério, a constatação da existência de marcação priônica (proteína modificada) em amostra de célula de um bovino morto em 2010, no Paraná, ocorreu no dia 6 de dezembro do ano passado. De acordo com a pasta, foi uma ocorrência não clássica do agente da EBB, pois os exames constataram que o animal não morreu da doença.