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Boi gordo: pressão de baixa da arroba perde força

27 setembro 2017 - 15h43Por Canal Rural
Boi gordo: pressão de baixa da arroba perde força

O mercado físico do boi gordo permaneceu a terça-feira, dia 26, com preços estáveis. O viés de baixa nas cotações perdeu força diante da restrição de oferta de animais terminados, segundo a Safras & Mercado. De maneira geral, o que se observa é uma dificuldade em adquirir animais terminados, resultando em uma diminuição das escalas de abate. Este fato confere maior firmeza ao mercado.

A perspectiva é de algum avanço dos preços, mesmo que de forma comedida, durante a primeira quinzena de outubro, considerando o repique de consumo tradicional do período inicial de cada mês. Assim, o pecuarista prefere aguardar melhores cotações, o que diminuiu o volume de negócios nos últimos dias.

O mercado atacadista também permaneceu com preços estáveis. O lento escoamento da carne deve prevalecer ao longo desta semana, situação que deve mudar durante a primeira quinzena de outubro, considerando a demanda mais aquecida no período avaliado.

Dólar e Ibovespa

Mais uma vez, o cenário internacional contribuiu para a valorização do dólar ante o real, que encerrou o dia em alta de 0,28%, cotado a R$ 3,168 para a venda e R$ 3,166 para a compra. Contribuíram para isso os desdobramentos da tensão geopolítica entre EUA e Coreia do Norte.

A terça-feira também foi marcada pelo discurso da presidente do Federal Reserve (FED),o banco central norte-americano, Janet Yellen, indicando que os juros podem subir mais uma vez neste ano.

O Ibovespa encerrou com queda de 0,17%, aos 74.318 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,391 bilhões.

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais baixos. O mercado sente a pressão exercida pelo início da colheita nos Estados Unidos. Em dois dias, os contratos de novembro já acumulam queda de 2%.

Nesta segunda-feira, dia 25, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a colheita estava em 10%, abaixo da média dos últimos cinco anos (12%). Mas, além da boa evolução sobre a semana anterior – 6 pontos percentuais –, chamou a atenção do mercado a melhora nas condições das lavouras não colhidas ainda, de 59% para 60% em situação entre boa e excelente. Nesta época do ano, o normal é este percentual permanecer inalterado ou até cair.

Outro ponto que coloca pressão no mercado é a melhora na previsão para o Brasil, onde os produtores estão iniciando o plantio.

Já no Brasil, a comercialização foi lenta. Apesar da alta do dólar, os preços internos voltaram a cair em algumas regiões e não foram registrados negócios relevantes ao longo do dia.

Milho

O milho na bolsa internacional fechou com preços em queda nesta terça-feira, 26. O mercado foi pressionado pela valorização do dólar frente a outras moedas e pela baixa nos preços do petróleo. Na manhã, a colheita um pouco mais lenta nos Estados Unidos concedeu suporte aos preços.

A expectativa de maiores estoques trimestrais no país americano em 1º de setembro também pressionou as cotações. De acordo com a expectativa das entidades privadas, os estoques devem alcançar o volume de 59,6 milhões de toneladas, o relatório divulgado em igual período do ano passado apontava para estoques de 44,1 milhões de toneladas.

No Brasil, o mercadi ainda se depara com poucos negócios. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os consumidores em geral ainda atuam de maneira comedida, sem alongar os estoques em demasia. Enquanto isso, muitos produtores ainda optam pela retenção como estratégia recorrente. O clima seco ainda oferece respaldo a esse tipo de estratégia.