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Mercado pecuário

Boi gordo: mercado em compasso de espera, com pouca movimentação nas praças pecuárias

Início de novembro é marcado pela estabilidade nos preços da arroba, que continuam em patamares baixos considerando o período de entressafra de boiadas terminadas a pasto

04 novembro 2022 - 09h34Por José Roberto dos Santos
Boi gordo: mercado em compasso de espera, com pouca movimentação nas praças pecuárias

A quinta-feira de retorno do feriado de meio de semana foi de morosidade no mercado brasileiro do boi gordo, com negócios esparsos e manutenção nas condições de preços físicos da arroba, informa a IHS Markit, consultoria que acompanha diariamente o setor pecuário.

Segundo apurou a Scot Consultoria, as paralisações em algumas estradas brasileiras – promovidas por manifestantes – contribuíram para o cenário de poucos negócios no mercado do boi gordo.

Dessa forma, nas praças do interior de São Paulo, o preço do boi gordo seguiu estável, ainda valendo R$ 275/@, enquanto a vaca e a novilha gordas seguem cotadas em R$ 260/@ e R$ 269/@, respectivamente (preço brutos e a prazo), relata a Scot Consultoria.

Bovinos destinados à exportação estão cotados em R$ 280/@ no mercado paulista (preços bruto e a prazo), acrescenta a Scot.

Na avaliação da IHS Markit, apesar da estabilidade observada nesta quinta-feira, os fundamentos do mercado ainda sugerem um ambiente de pressão baixista nos preços do boi gordo, mesmo com a virada do mês e retomada da demanda sazonal (estimulada pela entrada dos salários na conta dos trabalhadores).

“Indústrias permanecem com as programações de abate garantidas até pelo menos o final da primeira quinzena de novembro”, garante a IHS.

Há relatos de unidades frigoríficas que já possuem escalas de abate para os primeiros dias de dezembro e, por isso, permanecem ausentes das compras de boiadas gordas, acrescenta a consultoria.

“Entre algumas plantas industriais, há também rumores de unidade que estão reduzindo o abate diário, operando com cerca de 1/3 de sua capacidade estática, ou intercalando as atividades para três dias na semana”, relatam os analistas da IHS.

Paralelamente, a entrada de lotes de animais gordos oriundos do segundo giro de confinamento eleva o descompasso entre oferta e demanda de animais disponíveis para abate.

Dessa maneira, apesar do incremento no consumo interno nos primeiros dias de novembro devido à entrada de massa salarial, os preços da arroba bovina ainda podem registrar novos recuos, acredita a IHS Markit.

Além da timidez das vendas no mercado interno, o setor também acendeu uma luz de alerta em relação ao desempenho das exportações brasileiras de carne bovina.

Apesar do bom desempenho dos embarques em outubro último, a China permanece pressionando os preços da tonelada de carne bovina no mercado global.

“O forte recuo da divisa chinesa frente ao dólar reduziu o poder de compra do país asiático”, alerta a IHS.

Neste sentido, indústrias brasileiras relatam que as renegociações de contratos em curso, bem como os novos negócios fechados com os importadores chineses, apertam as margens operacionais da cadeia e limitam o apetite comprador de boiadas gordas dos frigoríficos brasileiros.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta quinta-feira, 3/11

(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 264/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 242/@ (prazo)
vaca a R$ 232/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca R$ 246/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)