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EFEITO TRUMP

"Boi-China" cai R$ 4/@ em SP, para R$ 310/@, aponta Scot

Animal terminado sem padrão-exportação também recuou na praça paulista, batendo R$ 305/@ nesta segunda-feira (14/7)

14 julho 2025 - 15h44Por Portal DBO
"Boi-China" cai R$ 4/@ em SP, para R$ 310/@, aponta Scot

Nesta segunda-feira (14/7), os frigoríficos do Estado de São Paulo reduziram as ofertas de compra de boiadas gordas e as indústrias que estavam fora do mercado especularam valores abaixo dos registrados na semana anterior, informa a Scot Consultoria. 

Como resultado, o boi gordo “comum” caiu R$ 3/@ e o “boi China” teve baixa diária R$ 4/@, para R$ 305/@ e R$ 310/@, respectivamente, no prazo, valores brutos, apurou a Scot.

Os preços da vaca e da novilha gordas não mudaram em SP, e seguem valendo R$ 278/@ e R$ 293/@, respectivamente, acrescenta a consultoria.

Pelos dados da Scot, as escalas de abate dos frigoríficos paulistas contabilizam 10 dias, em média.

Na avaliação dos analistas da consultoria de Bebedouro (SP), a postura cautelosa dos frigoríficos se acentuou diante das incertezas provocadas pelo anúncio do tarifaço aos produtos brasileiros (de 50%, a partir de agosto/25) por parte dos Estados Unidos.

Os analistas da Agrifatto também acreditam o impasse tarifário com o governo Trump tem impactado diretamente o mercado brasileiro do boi gordo no Brasil.

“Após o anúncio das novas tarifas pelos EUA, os frigoríficos exportadores interromperam as compras”, afirma a consultoria, referindo-se aos negócios envolvendo lotes de animais terminados.

Pelos dados da Agrifatto, os preços do boi gordo não sofreram alteração nesta segunda-feira nas principais praças brasileiras.

“O mercado segue completamente estagnado, aguardando os preços de balcão dos principais frigoríficos”, afirmam os analistas da Agrifatto, acrescentando que o preço do boi gordo “comum” se mantém em R$ 305/@ no mercado paulista, enquanto o animal com padrão-exportação vale R$ 315/@.

Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a média do boi gordo está em R$ 293,45/@.

Na avaliação da equipe de analista da Agrifatto, o governo brasileiro deve adotar uma postura de cautela em relação ao imbróglio internacional.

“O Brasil, altamente dependente do comércio exterior, não dispõe de espaço para embates prolongados com a maior economia do mundo, pois arriscaria perder competitividade para Austrália, Argentina e Uruguai”, dizem os analistas, citando alguns dos concorrente no mercado global de carne bovina.

Segundo a consultoria, é essencial adotar pragmatismo, fortalecer a diplomacia e focar na resolução da disputa antes de 1º de agosto, data prevista para a entrada em vigor das tarifas dos EUA.

“A resposta brasileira deve priorizar a manutenção de empregos, mercados e da estabilidade macroeconômica”, afirma a Agrifatto, que completa: “Mais que uma disputa comercial, está em jogo a maturidade geopolítica e a capacidade do país de proteger seus interesses estratégicos em um ambiente global cada vez mais polarizado”.

Atacado/varejo

Com a aproximação da segunda quinzena de julho/25, período tradicionalmente marcado por menor demanda (devido ao esgotamento dos salários recebidos no início do mês), as vendas domésticas de carne bovina ao consumidor final oscilaram de razoáveis a fracas desde o último sábado, informa a Agrifatto.

Da mesma forma, as distribuições de carne com osso no atacado foram moderadas nos poucos estabelecimentos que operaram no sábado e inexpressivas na madrugada desta segunda-feira, o que restou no baixo volume de pedidos de reposição por parte do varejo, acrescenta a consultoria.