O furto e roubo de gado em propriedades rurais de Mato Grosso do Sul gera preocupação entre ruralistas. Segundo notícia do informe do Sindicato Rural de Campo Grande, com base em dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, são 42 registros de abigeato (furto de gado) de janeiro a junho deste ano. “É corrente entre pecuaristas que a incidência tem aumentado”, informa.
Muitos pecuaristas, porém, acabam não registrando boletim de ocorrência e não gostam sequer de falar no assunto. Recentemente policiais civis de Ribas do Rio Pardo e o Garras(Grupo Armando de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) prenderam uma quadrilha especializada em furtar gado. De janeiro a agosto pelo menos 500 animais foram retirados de uma propriedade, ocasionando prejuízo ao produtor rural de pelo menos R$ 500 mil.
No dia 5 de setembro houve um caso de roubo em uma fazenda de Paranaíba, onde o funcionário foi rendido e trancado em um quarto, enquanto os ladrões enchiam uma carreta com gado.
A reportagem do Informe Agropecuário cita o caso de uma pecuarista que teve 135 cabeças furtadas de sua propriedade e foi incentivada pela Polícia a mobilizar a classe e instituições para conter os furtos. “Não há infra-estrutura e tão pouco interesse em investigar o abigeato. Mato Grosso do Sul é um estado agropecuário e não tem delegacia especializada para combater este tipo de crime”, reclamou.
O delegado do Garras, Ivan Barreira, recomenda que a contagem de animais seja sempre atualizada e lembra que muitas vezes o furto só é notado de 30 a 60 dias após sua ocorrência.