Foi assinado hoje à tarde, na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), um termo de cooperação entre a entidade, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Banco do Brasil estabelecendo critérios para a aquisição de gado leiteiro nos assentamentos.
O termo prevê a avaliação e acompanhamento de técnicos da Acrissul na compra de animais de leite pelos assentados, visando acabar com as dificuldades encontradas pelos assentados nas negociações e o melhoramento da genética da pecuária leiteira do Estado.
O documento prevê que os animais adquiridos pelos assentados sejam de raças puras, com registro de procedência nas respectivas associações de criadores, estabelecendo uma série de garantias aos compradores, inclusive a possibilidade de devolução no caso do aparecimento de defeitos posteriores. A compra de animais de leite para assentados tem custeio do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar).
Segundo o idealizador da idéia, senador Valter Pereira, a iniciativa nasceu da constatação de que o assentado fica a mercê de gestores muitas vezes mal intencionados, o que já levou muitos a serem vítimas de vários tipos de enganação na hora de comprar gado de leite.
Segundo o Superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul, Waldir Nascimento, o Estado tem hoje 30 mil famílias de assentados. O presidente da Acrissul, Francisco Maia, ressaltou durante a assinatura do termo que a entidade “entende que o cidadão assentado é um produtor” e como tal deve ser tratado.
Além de Nascimento e Maia, a assinatura do termo teve a presença do senador Valter Pereira; do superintendente do Bando do Brasil, Ricardo Lot; do presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Beto Pereira; do presidente da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), Geraldo Teixeira de Almeida e do representante do Movimento dos Sem Terra (MST), Laudir Novelho Boiani.
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