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Soja deve acupar cerca de 1,7 mi ha no Estado

15 outubro 2010 - 00h00Por Rural News MS

 

O período de chuvas e o fim do vazio sanitário da soja, procedimento adotado em Mato Grosso do Sul para evitar a propagação da ferrugem asiática no grão, vão permitir aos produtores que comecem o plantio de nova safra no Estado. O período de vazio terminou na semana passada. 

A estimativa é que sejam plantados 1,7 milhão de hectares de soja no Estado, de acordo com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

O vazio sanitário é aplicado em Mato Grosso do Sul há três anos, de julho a setembro. Os produtores que forem flagrados com brotos de soja de safras passadas podem ser multados. O não cadastramento de áreas de plantio também gera autuações. 

Plantio 

Na avaliação do engenheiro agrônomo da Famasul, Lucas Galvan, o plantio deve começar com força na segunda quinzena de outubro, conforme recomendação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Os produtores que respeitarem as normas do Ministério poderão ter acesso a crédito e seguro rural. O zoneamento agrícola é determinado pela média histórica de chuvas e orienta sobre qual a melhor época para o plantio. 

Há possibilidade de estiagem no mês de janeiro, por conta de influência do fenômeno La Niña. Por isso, a antecipação do plantio é uma alternativa para evitar perdas na produção. Na região da Grande Dourados, o plantio da nova safra de soja começa a partir do próximo final de semana, como recomenda o zoneamento agrícola de risco climático, elaborado pela Embrapa local e seguido pelo Banco do Brasil. 

Custos 

Os custos de produção da cultura da soja convencional para a safra 2010/2011 estão em média 7,7% menores que os da safra 2009/2010 e 29,1% menores que os da safra 2008/2009. Na soja transgênica, os custos da safra 2010/11 estão 9,4% menores que os da safra 2009/10 e 29,6% menores que os da safra 2008/09. 

Esses são alguns dos números do estudo Estimativa do Custo de Produção de Soja no Sistema Plantio Direto, Safra 2010/11 para Mato Grosso do Sul, elaborado pelo economista e pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Alceu Richetti. 

Ele destacou que a semente, tanto na soja convencional (-23,3%), quanto na soja transgênica (-17,3%), é o componente do custo que teve a maior redução em relação à safra 2009/2010. O plantio da nova safra de soja na região de Dourados começará a partir de 15 de outubro, como recomenda o zoneamento agrícola de risco climático, elaborado pela Embrapa local e seguido pelo Banco do Brasil. 

Produção 

A safra de grãos 2010/2011 deve ficar entre 145,72 e 147,93 milhões de toneladas, de acordo com o primeiro levantamento realizado pela COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). A previsão é que haja uma redução de 887,60 mil (-0,6%) a 3,10 milhões de toneladas (-2,1%0) em relação à safra passada, que chegou ao recorde de 148,82 milhões de toneladas. Já a área destinada ao plantio deve variar entre 47,32 (-0,1%) e 47,99 milhões de hectares (+1,3%), em relação à anterior (47,37 milhões de ha). 

Os números se baseiam na média de produtividade obtida nas últimas cinco safras. Foram descartados os anos atípicos e agregado o ganho tecnológico. Os principais responsáveis pela variação negativa na produção e na área plantada desta safra são a soja e o milho total (1ª e 2ª safras). A previsão é que os sojicultores colham de 67,60 (-1,5%) a 68,90 milhões de toneladas (+0,3%) sobre a safra anterior (68,68 milhões de toneladas). A área destinada à leguminosa varia positivamente de 23,76 (+1,3%) a 24,20 milhões de hectares (+3,1%), sendo que a da safra anterior foi de 23,46 milhões de hectares.