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Restrições do governo argentino afetam exportação do Marfrig

20 maio 2010 - 00h00Por Infocampo.

O volume de carne bovina exportado pelas indústrias frigoríficas argentinas controladas pela companhia brasileira Marfrig foi, no primeiro trimestre de 2010, de 8.900 toneladas, 36,8% a menos do que no mesmo período de 2009. "As exportações argentinas de carne bovina no primeiro trimestre de 2010 foram impactadas pela lenta concessão de licenças de exportação por parte do Governo nacional", disse o Marfrig no balanço do primeiro trimestre de 2010 enviado pela companhia à Bolsa de Comércio de São Paulo (Bovespa).

Nesse mesmo período, as exportações de produtos de carne bovina das plantas brasileiras do Marfrig cresceram 40,9% (passaram de 32.100 toneladas em janeiro-março de 2009 para 45.200 toneladas no primeiro trimestre desse ano, graças às unidades adquiridas em 2009) e as das indústrias localizadas no Uruguai aumentaram 2,9% (passando de 21.800 toneladas para 22.400 toneladas, porque a planta de Tacuarembó permaneceu fechada durante um mês "por tarefas de manutenção").

"Na Argentina, o Governo (nacional) limitou as licenças de exportação com o propósito de aumentar a oferta de carne bovina no mercado interno. As abundantes chuvas registradas nos últimos meses permitiram aos produtores argentinos reter gado e os preços aumentaram em 33% no trimestre (com relação ao último trimestre de 2009)". Em janeiro-março desse, os abates totais na Argentina caíram 25% com relação ao último trimestre do ano passado, enquanto os abates das unidades do Marfrig caíram 17,8% nesse período.

O volume de carne comercializado em janeiro-março de 2010 pelo Marfrig no mercado interno argentino foi de 43.300 toneladas, 36% a menos que o registrado no mesmo período de 2009 "por causa da menor oferta de gado". Embora os aumentos de preços tenham ajudado a compensar o menor volume, não puderam evitar que o lucro líquido gerado pelas vendas no mercado argentino caísse 13% (R$ 171,6 milhões no primeiro trimestre de 2010 contra R$ 198,7 milhões no mesmo período de 2009).

No que diz respeito à situação da empresa no Brasil, o aspecto mais destacado é que, após aquisição em 2009 de cinco plantas do Frigorífico Mercosul e outras três do Frigorífico Margen, a capacidade de abate da companhia agora é de 22.350 cabeças por dia. Quanto ao Uruguai, o balanço informa que o Marfrig conta com 22,5% da capacidade total de abates presentes no país.