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Regulamento de vacina da febre aftosa reduz volume da dose e vale para 2019, diz Sindan

23 janeiro 2018 - 00h00Por Reuters | Notícias Agrícolas

O governo aprovou um novo regulamento para produção, controle de qualidade e comercialização de vacinas contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos no Brasil, em um conjunto de regras que deve valer a partir da campanha oficial de vacinação de maio de 2019, disse um representante do setor nesta segunda-feira à Reuters.

 
Em linhas gerais, as doses da vacina passarão a ter 2 ml, ante 5 ml atualmente, e não contarão mais com o vírus C em sua composição, dada a ausência de surtos de febre aftosa provocados por essa cepa, explicou o vice-presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emilio Salani.
 
Além disso, a indústria retirará a saponina da vacina, embora a instrução normativa do Ministério da Agricultura publicada nesta segunda-feira não proíba o adjuvante.
 
A saponina foi apontada no ano passado como a responsável pelo aparecimento de abscessos ("caroços") na carne bovina, o que levou os Estados Unidos a suspenderem as importações da proteína brasileira. Desde então, o governo vinha trabalhando em um novo regulamento para as vacinas.
 
"A indústria vai retirar esse adjuvante para se adequar, para que isso não seja um empecilho para que o pecuarista continue vacinando seu rebanho", comentou Salani à Reuters.
 
Para ele, o novo regulamento não deve ter influência sobre o embargo norte-americano à carne brasileira, "mas traz mais segurança" aos players do mercado, já que compila um conjunto de regras até então dispersas em ofícios, portarias e outros tipos de documentos.
 
"A partir de hoje, estamos cobertos legalmente", disse.
 
Ele lembrou que há uma solicitação da indústria para que as regras estejam valendo já para a campanha de vacinação de novembro deste ano, mas que essa decisão cabe ao Ministério da Agricultura.
 
Indagado sobre se a nova composição poderá ter algum reflexo no preço da vacina, Salani comentou que cada laboratório tem um processo diferente de produção e que o produto terá um valor "adequado".
 
O mercado de vacinas contra a febre aftosa gira em torno de 330 milhões de doses por ano no Brasil, movimentando de 400 milhões a 450 milhões de reais, segundo estimativas do sindicato.
 
A instrução normativa do Ministério da Agricultura diz que "os substratos e ingredientes utilizados na produção e controle da qualidade das vacinas... devem estar de acordo com os padrões de pureza e qualidade preestabelecidos em farmacopeia ou literatura técnico-científica reconhecida internacionalmente".
 
Além disso, "somente poderá ser comercializada a partida de vacina contra a febre aftosa previamente submetida e aprovada pelo fabricante aos processos de controle de esterilidade, de vírus residual ativo, tolerância, potência, pesquisa de anticorpos contra PNE (Proteínas não-Estruturais) e estabilidade da emulsão".