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Produtores de alimentos orgânicos passam a negociar dereto com o clinete no MS

24 setembro 2009 - 00h00Por Globo Rural
Pequenos produtores de alimentos orgânicos em Mato Grosso do Sul agora têm uma feira para negociar diretamente com o consumidor. As frutas, verduras e legumes vendidos na feira são produzidos sem uso de agrotóxicos. Alface, banana, couve e cenoura: tudo a R$ 1. Uma dona de casa aproveitou os preços atraentes para comprar de tudo um pouco: “É mais saudável”, diz. São mais de 150 famílias, atendidas por um projeto de geração de renda no campo, que têm a oportunidade de comercializar os produtos. “O objetivo dessa agricultura familiar foi de subsistência, mas a produção foi tanta que irradiou para a cidade”, conta o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande, Edil Albuquerque.
 
Os feirantes se surpreenderam com a procura. “Estou muito satisfeita. Eu pensei que fosse bom, mas não imaginei que fosse tão ótimo assim. O movimento está muito bom”, comemora a agricultora Lucinéia Domingos. Uma parceria entre os pequenos agricultores e o poder público reduziu os custos de produção. Além de ajuda financeira, eles ganham sementes, equipamentos e têm assistência técnica de graça.
 
 O fertilizante usado pelos agricultores é produzido na propriedade mesmo. É adubo de compostagem: uma mistura de esterco, folhas e outros materiais orgânicos que passam por um processo de fermentação durante 90 dias. A mão de obra da própria família contribui para reduzir os custos.
 
Os agricultores Luiz Carlos Martins e Dona Rosilene estão satisfeitos com os resultados, mas, no começo, foi uma escolha difícil. “Tínhamos desconfiança por causa das pragas, porque a gente não pode usar os produtos químicos, então a gente ficava com medo de plantar em grandes quantidades e ter problema o do ataque dos ‘bichinhos’”, diz Seu Luiz. A horta é diversificada e foi assim que eles conseguiram aumentar a renda. “É uma renda a mais que entra para a gente. Ajuda”, conta Dona Rosilene.
 
 A feira será semanal. Os 125 agricultores cadastrados no projeto foram certificados como produtores orgânicos pela prefeitura, de acordo com as regras do ministério da agricultura.