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Preços favoráveis ao produtor geram aumento no número de criadores de ovinos

09 março 2012 - 04h23Por CANAL RURAL

 O preço valorizado da carcaça de ovinos atrai novos criadoresno Brasil. Entretanto, a oferta ainda é baixa para atender à demanda, principalmente na região Sudeste do país. Em 2011, o Brasil produziu 86 milhões de toneladas do produto, enquanto o consumo chegou a cem milhões de toneladas. A solução para suprir a diferença é a importação, que tem como principais fornecedores o Uruguai, Argentina e Chile. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Dorper (ABCDORPER), Antônio Castilho, o processo de compra destes países, no entanto, vem reduzindo significativamente desde o final do ano passado.

– Nós sempre tivemos um mercado brasileiro regulado por importação do Uruguai, Argentina e Chile, que têm excedentes de produtos. Estes países jogavam a carne, derrubando o preço do produto nacional e, obviamente, tirando o interesse do pecuarista em produzir um produto com uma certa viabilidade. Então, as secas em algumas regiões do mundo provocaram um suprimento destes países, deixando de jogar a demanda no mercado brasileiro, que reagiu. O produtor começou a crescer – explica.

O resultado é que o preço pago ao produtor se tornou mais vantajoso. O valor da carcaça que, no ano passado era de R$ 4,00, subiu para R$ 6,00. Como 90% da carne de ovinos não passa por inspeção federal, não é possível ter certeza sobre o número de novos criadores que entraram no negócio. O que se sabe, de acordo com o gerente geral da VPR Pecuária, Adriano Oliveira, é que o mercado nunca esteve tão aquecido.

– A ovinicultura vem crescendo de forma agradável, tanto para o produtor como para o consumidor, devido ao melhoramento genético. Se você consegue produzir um animal mais precocemente com uma carne de mais qualidade, você agrega valor maior na ponta final. Isso gera toda uma retrospectiva na cadeia, que traz mais lucro para o produtor, vendedor de carne, e satisfação para o consumidor de ter aquele cordeiro de qualidade – aponta.

Com preços mais altos, o produtor tem a possibilidade de acumular maior capital de giro para investir em qualidade e aprimoramento genético. Já para o consumidor, a vantagem está em cortes especiais, como picanha, paleta e filé. A gerente de loja do segmento Rosane Poliselli Abrão conta que o mais procurado e valorizado atualmente é o carré de cordeiro.

– De uns três anos para cá, eu acredito que houve entre 30% e 40% de crescimento do cordeiro. E tem espaço para muito mais. Não tem um cliente que leve e não volte – comemora.

Toda esta movimentação no mercado começou há oito anos, após a entrada das raças sul-africanas dorper e whitedorper no Brasil. O cruzamento delas com a raça santa inês possibilitou o abate de cordeiros com 120 dias.