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Preço do boi gordo subiu em agosto

31 agosto 2017 - 13h55Por Canal Rural
Preço do boi gordo subiu em agosto

O mercado físico teve preços do boi gordo acentuadamente mais altos, com a maior parte dos frigoríficos inclusive apontando para valores acima das referências indicadas. De acordo com a Scot Consultoria, ainda há negócios por R$ 1 ou R$ 2 por arroba acima da referência em quase todas as praças do país. Na medida em que a necessidade de compor escalas de determinada indústria, em determinado dia, é maior, ou aparecem lotes melhores, os compradores não hesitam em elevar os preços para não perder o negócio.

A oferta de animais terminados é muito limitada. Com isso, a dificuldade para a compra de gado por parte dos frigoríficos é cada vez maior, enquanto as escalas de abate dificilmente ultrapassam três dias úteis. A expectativa é que esse quadro não sofra grande alteração no curto prazo. “O viés permanece de forte alta”, enfatizou o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

As cotações da Scot indicam que o valor da arroba do boi gordo saíram de R$ 124, no  pagamento à vista, em Araçatuba (SP) e Barretos (SP) no dia primeiro de agosto e foram para R$ 140,50 no fechamento desta quarta-feira, dia 30.

Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado após a valorização da terça-feira, dia 29. Há uma chance dos valores subirem porque os estoques estão enxutos e a primeira quinzena do mês está chegando, com o usual repique de consumo.

Dólar

No mercado cambial os investidores continuam atentos ao impasse político entre os Estados Unidos e Coréia do Norte. A queda nas commodities, puxada pelo tombo no petróleo, também favoreceu essa recuperação do dólar frente às moedas emergentes.

A economia norte-americana deu sinais de melhora através dos dados do produto interno bruto (PIB), que subiu 3% no segundo trimestre e ficou acima do esperado. Mas mesmo assim ainda prevalece a cautela no mercado. Isso porque a falta de robustez nos dados de emprego junto aos da atividade econômica também sustentam a perspectiva de que o Federal Reserve (FED), que é o banco central americano, não irá mexer na taxa de juros, pelo menos, até o final do ano. Isso ajudou a segurar o movimento de valorização do dólar.

Aqui dentro as questões que mexem com a dívida pública no futuro continuam preocupando, pois afetam a decisões de investimento em prazos mais longos. O pacote de privatizações e a Taxa de Longo Prazo (TLP) para os contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deram algum respiro. No entanto, ainda falta a definição em torno da reforma da previdência. O fato é que a questão fiscal interna ajuda a manter o “prêmio de risco” elevado e o real depreciado em relação às outras moedas.

O dólar fechou com baixa de 0,06%, a R$ 3,162 para a venda.

Soja

A soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a quarta-feira em queda pelo quarto dia consecutivo. O mercado ainda reflete a expectativa de safra recorde, estimada tanto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como pela Pro Farmer.

Em relação ao clima, alguns modelos meteorológicos americanos apontam queda nas temperaturas em áreas do cinturão já para os primeiros dias de setembro. Em algumas regiões como nos estados produtores do norte podem ser registradas temperaturas de até 5 graus. Alguns analistas estão céticos em relação aos efeitos que essa onda de frio pode gerar no desenvolvimento das lavouras americanas. Já outros acreditam em uma pequena possibilidade de repiques nos preços.

Segundo a consultoria AgResource, o mercado agora se concentra no próximo relatório do USDA, no dia 12 de setembro. A questão-chave para o movimento dos preços no curto e médio prazo será a possibilidade do órgão americano trazer números de produtividades menores em setembro, ou apenas em outubro.

Aqui no Brasil o mercado ficou calmo nas diversas praças de comercialização do país. Com preços da soja pouco atrativas, o produtor rural não está negociando a safra. Houve registro de vendas apenas em Dourados (MS).

Milho

Os contratos do milho em Chicago tiveram um dia de queda nos principais vencimentos em vigência. O mercado ainda avalia a boa condição das lavouras no meio oeste norte-americano e o início da colheita. Com uma produção e uma produtividade estimadas em bom nível é aguardada uma maior pressão de oferta sobre os preços locais no curto e no médio prazo.

Já o mercado brasileiro de milho permanece com problemas de abastecimento, que tem afetado duramente diversos estados. Ainda há grande volume do grão a ser comercializado e com os preços do produto brasileiro acima dos da Argentina e dos Estados Unidos não há uma perspectiva tão positiva para as exportações no médio prazo. Veja os preços do milho na sua região.