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BOI GORDO

Preço andou de lado na quarta-feira, mas tendência é de baixa no curtíssimo prazo

Com escalas confortáveis e o consumo doméstico ainda patinando, frigoríficos reduzem drasticamente as ofertas de compras de animais terminados

25 agosto 2022 - 07h36Por DBO Rural

O movimento incomum de baixa nos preços do boi gordo neste período de entressafra vem persistindo ao longo deste mês de agosto nas diferentes regiões pecuárias do País. “Nesta quarta-feira, 24 de agosto, os fundamentos permaneceram os mesmos das semanas anteriores, com as indústrias brasileiras atuando de maneira limitada nas operações de compra de lotes de boiada gorda disponíveis no mercado spot”, relata a IHS Markit.

Neste momento, continua a consultoria, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem estáveis e, em muitos casos, girando com volumes entre 5 e 7 dias. “Os frigoríficos, sobretudo os médios e pequenos, que atuam com a escala de produção voltada ao mercado doméstico, seguem testando patamares inferiores nas cotações da arroba e, em muitos casos, conseguem êxito nesta estratégia, renovando a pressão de baixa em todo o mercado”, observa a IHS Markit.

Pelo levantamento da Scot Consultoria, nas praças do interior de São Paulo, os preços do boi gordo ficaram estáveis nesta quarta-feira, após o recuo de R$ 2/@ observado no dia anterior. Com isso, o animal macho terminado é negociado por R$ 293/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas seguem valendo R$ 274/@ e R$ 288/@, respectivamente (preços brutos e a prazo.

O boi-China, abatido com até quatro dentes e destinados à exportação, segue apregoado em R$ 305/@ (preço bruto e a prazo) em São Paulo, acrescenta a Scot. Na avaliação da IHS, atualmente, os grandes frigoríficos brasileiros ainda compõem boa parte de suas escalas de abate com animais provindos de confinamentos próprios e/ou adquiridos por meio de parcerias em boiteis envolvendo invernistas.

Tal conjuntura, diz a IHS, resulta em menor apetite dos compradores no mercado aberto, desequilibrando o quadro de oferta e demanda por gado terminado. Entre as praças cobertas pela consultoria, a IHS destaca as quedas desta quarta-feira em Goiânia e Rio Verde, ambos no Goiás – o valor do boi gordo recuou de R$ 290/@ para R$ 280/@.

A consultoria também apurou retração de preço na região do Triângulo Mineiro, MG, com recuo de R$ 290/@ para R$ 280/@. Em Tocantins, mais especificamente na praça de Gurupi, o boi saiu de R$ 270/@ para R$ 265/@ nesta quarta-feira, recuo motivado pela maior oferta de animais após o agravamento do período seco na região, o que forçou a liquidação de parte do rebanho para evitar redução no potencial produtivo dos animais.

No mercado atacadista da carne bovina, relata a IHS, a procura pela proteína segue irregular, sem previsão de recuperação neste final de mês, período marcado pelo menor poder aquisitivo da população (devido ao maior distanciamento da data de pagamento dos salários, sempre no início de cada mês).