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Praça vai abrigar árvores históricas no Parque de Exposições

18 novembro 2010 - 19h11Por Via Livre/ Carlos Henrique Braga

Árvores históricas vão ganhar praça no Parque de Exposições Laucídio Coelho e devem ser tombadas como patrimônio ambiental de Campo Grande. As 19 Figueiras, de 80 anos, foram preservadas pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) no projeto de modernização do parque para a Expogrande 2011.

Hoje (18), pela manhã, as edificações que ameaçavam o desenvolvimento das plantas foram demolidas. “Nós estamos fazendo o contrário do que fazem por aí: estamos destruindo para preservar, não para construir prédios”, disse o presidente da associação, Francisco Maia.

As construções impediam o crescimento das raízes. Água com detergente e outras substâncias químicas, arremessadas por locatários dos espaços durante lavagem dos estandes nas feiras, também enfraqueciam as árvores.

Elas serão podadas e terão tratamento adequado. “Se bem preservadas, essas Figueiras podem chegar a 500 anos”, afirmou o engenheiro ambiental Rubens Nogueira Rosa, consultor da Acrissul e da prefeitura.

As plantas passaram a fazer parte do programa de recuperação da prefeitura de outros exemplares da espécie, localizadas nas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso. Elas chegaram à cidade provavelmente na década de 30 com outras mil mudas.

Décadas depois, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) encontrou menos de 100 Figueiras. “Não sabíamos que o parque tinha essa espécie, e agora estão preservadas pela Acrissul e pela prefeitura”, disse o secretário Marcos Cristaldo.

Para tornar-se patrimônio, é preciso aprovação da Fundação de Cultura e decreto do prefeito Nelsinho Trad, como ocorreu com as árvores da Rua da Paz e da São Paulo.

Praça. A Praça do Leilão, que abrigará as Figueiras octogenárias, aproveitará a sombra farta de suas copas. Os espaços demolidos serão substituídos, quando necessários, por tendas. “Elas são fáceis de alugar e o parque tem espaço de sobra”, garantiu o arquiteto que encabeça o projeto, Artur Perez.

A medida preservacionista é inédita, segundo o procurador de Justiça, Mauri Valentim Riciotti, que também acompanhou a demolição. “Os pecuaristas estão dando exemplo de cidadania com essa postura de preservar e deixar essas árvores para as futuras gerações”, afirmou.

Para ele, é comum punir abusos, como derrubadas ilegais, mas alternativas que garantem a preservação do meio ambiente são raras.

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