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Ovinocultura

Pesquisa avalia tipos de pastagens nativas preferidas por ovinos no Pantanal

25 fevereiro 2010 - 00h00

Pesquisa de caracterização do sistema de criação de ovinos naturalizados do Pantanal avaliou as pastagens nativas preferidas por esse animais. A pesquisadora Sandra Santos, da Embrapa Pantanal, constatou que os ovinos preferem as pastagens de menor porte e superpastejadas que estão localizadas próximo das sedes das fazendas avaliadas.

As principais forrageiras consumidas variaram conforme os tipos de pastagens nativas existentes nas fazendas, tais como capim-mimoso e capim-mimosinho, geralmente presentes nas áreas mais baixas e intermediárias do Pantanal.

Próximo às sedes, eles consomem espécies forrageiras comuns de locais perturbados (muito pisoteados) como a grama-de-burro e a grama-forquilha. Das espécies forrageiras exóticas, observou-se que os ovinos consomem Brachiaria humidocola e Panicum repens, embora prefiram as forrageiras nativas de áreas baixas do Pantanal, como bordas de lagoas e vazantes. “Em uma das fazendas, observou-se que os animais procuravam avidamente folhas de seriquela, ricas em proteína”, comentou Sandra.

Amostras de fezes foram colhidas para análise microhistológica da dieta, que será feita no laboratório de Dieta Animal da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A pesquisa de caracterização das raças foi desenvolvida pela Embrapa Pantanal em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e avaliou, além dos hábitos alimentares, o fenótipo (aparência) das raças, o estado sanitário e práticas de manejo de ovinos criados no Pantanal da Nhecolândia, uma das sub-regiões do Pantanal. “Estudos preliminares têm mostrado que a raça naturalizada existente na planície pantaneira é de médio porte, apresentando peso corporal em torno de 60 quilos para machos e 40 quilos para as fêmeas”, afirmou Sandra.

Em relação ao estado sanitário, a pesquisa constatou que, de maneira geral, ocorreu um grau muito baixo de infecção em todas as fazendas durante o período de amostragem (final da seca). Mas a pesquisadora afirma que essa coleta precisa ser refeita no período de cheia, quando a ocorrência de infecções é mais comum. Adicionalmente será importante realizar esta coleta de forma comparativa com raças comerciais na região para evidenciar a rusticidade deste animais.