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Para analista, criador deve perder a briga com a indústria

12 fevereiro 2010 - 00h00Por Jefferson da Luz - Via Livre Comunicação

Nos últimos dias, o mercado do boi gordo virou um cabo-de-guerra entre frigoríficos e pecuaristas. Os produtores segurando o gado no pasto à espera de melhores preços e na outra ponta a indústria encurtando as escalas para evitar ter de pagar mais pela arroba. Tal situação gerou estabilidade nos preços tanto no mercado paulista quanto em Campo Grande (MS). Mas, para analistas do setor, os criadores podem perder a disputa.

“Nos últimos, meses tivemos muita chuva -o pasto está bom- e todo mundo está segurando o gado, vai chegar a hora em que haverá uma enxurrada de animais na praça e o preço da arroba vai cair”, prevê João Pedro Dias da Sophus Consultoria, lembrando que a estabilidade dos dois últimos meses foi melhor que uma queda.

A notícia boa é que no mercado externo, segundo Dias, as exportações de carne brasileira melhoraram tanto em volume quanto em valor. Além disso, a apreciação do dólar frente ao real tornou a carne brasileira mais competitiva no mercado internacional, o que deve ampliar o espaço ocupado por ela. Maior volume significa mais abates, o que pode puxar os preços.  

Pouco churrasco - Por outro lado, o mesmo não é observado no mercado interno, que, desde o fim de novembro, época em que tradicionalmente há uma alta no consumo, não vê a venda de carne aumentar. Quanto ao preço, esse se mantém estável, no mercado paulista o quilo do dianteiro é contado a R$ 3,25 e do traseiro a R$ 6,15 (média).

O mesmo acontece com o preço da arroba do boi gordo, que se mantém estável desde o começo de dezembro. Em Campo Grande houve uma pequena variação para cima na semana passada, 1,47% para o boi e 1,57% para a vaca. Apenas o suficiente para elevar as duas cotações em R$ 1,00.