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Expo MS

Ovinocultura é boa opção de renda para o produtor

02 outubro 2009 - 00h00

Uma atividade que pode ser fonte extra de renda para os pecuaristas, mas que ainda é relegada ao segundo plano dentro das propriedades, a ovinocultura. Durante a 1ª Expo MS, a Asmaco (Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Ovinos) organizou diversas atividades para os atuais criadores e também para aqueles que pretendem iniciar na atividade.

No dia 7 de outubro, na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), haverá um simpósio sobre a ovinocultura, no dia 8 uma palestra na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e no dia 10 será realizado o julgamento de animais. Durante toda a feira matrizes e reprodutores poderão ser adquiridos. “Nós teremos cerca de 40 criadores, 150 animais de elite, PO [puro de origem], para a reprodução e 250 para cruza, que serão comercializados no dia 11 durante o leilão”, adianta Jorge Tupiraja, presidente da Asmaco.

Vocação

Segundo ele, Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de carne ovina do país, apesar de o rebanho ainda ser pequeno, cerca de 450 mil cabeças. Para Tupiraja, o Estado tem o perfil ideal para a atividade, pois aqui os animais encontram as condições de clima e solo perfeitas para se desenvolverem bem.

“O único problema é o produtor ainda não se deu conta disso. A ovinocultura pode ser mais uma opção de renda, que vai pagar as contas mensais da fazenda”, atenta. “O frigorífico Marfrig de Promissão, São Paulo, vem buscar os animais aqui e paga R$ 120 por arroba, ou R$ 8,00 no quilo da carcaça”, exemplifica. “Mas o produtor ainda não acordou que tem essa ferramenta para melhora sua renda”.

Outra vantagem é o clico curto da criação de ovelhas, enquanto o gado leva de 20 a 24 meses para estar no ponto de abate, um cordeiro chega à esta fase em apenas seis. Contudo, o presidente da Asmaco alerta que a criação tem de ser feita profissionalmente.

Conforme ele, o mercado remunera bem , mas, em contrapartida, exige um produto bem acabado e de qualidade. “Não aceitam algo mais ou menos. Não há lugar para amadorismo”. Quem tiver interesse em iniciar na atividade basta entrar em contato com a Associação que receberá todas as instruções de com fazê-lo. O telefone da entidade é 3325-3990 e tem sua sede dentro do Parque de Exposição Laucídio Coelho, que fica na Av. Américo Carlos da Costa, 320 Jardim América, Campo Grande.

Sul-mato-grossense

Em entrevista à Folha do Fazendeiro, Jorge Tupiraja adiantou que a Asmaco entrou com o pedido no Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) para o registro de uma nova raça de ovino, a ovelha pantaneira. “Assim como o cavalo, a ovelha pantaneira é fruto da seleção natural e de cruzas. Desde o desbravamento da região do Pantanal, estes animais estão presentes.

Os produtores que subiam o rio Paraguai trouxeram as primeiras matrizes e, ao longo de mais de 100 anos, as raças foram se misturando e surgiu uma que é bem adaptada à região. Em breve haverá mais uma opção para os ovinocultores”, explica.