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MS não tem e não terá usinas no Pantanal, aponta Biosul

16 agosto 2010 - 00h00Por Sato Comunicação

“Não há cana e não terá cana no Pantanal”. A afirmação é do presidente da Associação dos Produtores de Bioenegia do MS, Biosul, Roberto Hollanda Filho, durante a palestra ‘‘Sustentabilidade do Setor Sucroenergético no MS”, no Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar em MS – Canasul 2010, que acontece dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. Hollanda abordou assuntos polêmicos como a produção de cana no Pantanal. “O governo federal estipulou que não haverá nova produção de cana na Bacia do Alto-Paraguai. Não existe nenhum projeto de instalação de usinas no Pantanal e é preciso ser categórico nisso”, prosseguiu.

Outro ponto foi um dos processos de cultivo da cana, onde ela precisa ser queimada para ser cortada. O presidente da Biosul foi categórico ao afirmar que a associação é contra a queima, mas a mudança que deve ser feita até 2016 em Mato Grosso do Sul, com a tecnificação da poda será feita sem que exista prejuízos a cadeia e a sociedade. As maquinas ainda exigem um alto investimento e os trabalhadores precisam se qualificar para operar os equipamentos.

O investimento em qualificação da mão-de-obra já está sendo feito em Mato Grosso do Sul. O objetivo é realizar três mil cursos até o fim desse ano. Criar postos de empregos fixos também é uma preocupação do setor. “Quando 100 pessoas perdem o emprego em uma usina de cana, gera-se outros 30. Contudo, esses são empregos fixos e com um salário melhor, diferente dos outros que clandestinos”, esclarece.

Roberto Hollanda destacou a importância do etanol – combustível produzido a partir da cana-de-açúcar - para o Brasil e o mundo. “O etanol é um exemplo de sustentabilidade. O Brasil possui o maior programa de energia renovável do planeta", disse. Uma das vantagens do etanol é que ele emite até 89% menos CO2 na atmosfera quando comparado aos outros combustíveis e quanto a bioeletricidade produzida a partir do bagaço da cana é neutra nesse aspecto.

A cana-de-açúcar ocupa 1,2% do território de Mato Grosso do Sul. A mecanização da colheita chega a 70% do total produzido e continua avançando. Cerca de 26 mil empregos diretos são produzidos – houve um aumento de 56% em quatro anos. A participação das mulheres também aumentou em um ambiente onde os homens eram a maioria.

De acordo com Hollanda, Mato Grosso do Sul se tornará o quinto maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil a partir da safra 2010/2011. De 575 milhões de toneladas produzidas na safra 2006/2007, espera-se mais que o dobro para a próxima.

Sobre o Canasul

O Canasul 2010 acontece nos dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Informações podem ser acessadas pelo site www.opec-eventos.com.br/canasul. O Canasul 2010 é realizado pela Comissão Técnica de Bionergia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), com promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur); Associação dos Produtores de Bionergia de MS (Biosul) e Federação das Indústrias de MS (Fiems). Sebrae, Banco do Brasil e Ministério da Agricultura patrocinam o evento, que tem apoio da AEAMS, CREA-MS, OCB-MS e Mútua.