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Mosca-do-chifre volta a atacar com mais força o gado

09 novembro 2010 - 00h00Por Correio do Estado

Com a chegada da primavera e a volta regular das chuvas – foram 85 milimetros em Dourados em outubro, o pecuarista volta a enfrentar uma praga conhecida e de dificil controle: a mosca-do-chifre, que ataca os rebanhos para se alimentar de sangue.

Também na região de Dourados o inseto tem aparecido com grande quantidade atacando os bovinos, causando estresse e até perda de peso, dependendo do nível de infestação por cabeça. Inseto com apenas a metade do tamanho de uma mosca doméstica, a praga está entre as que mais causam prejuízos financeiros a pecuária de corte e leite.

A maior causa das perdas segundo uma pesquisa veterinária decorre do apetite voraz da espécie que se alimenta do sangue e outros fluídos dos animais, principalmente das fêmeas, e do incômodo causado pelo inseto que procura o animal entre 20 e 40 vezes ao longo do dia, gerando enorme irritação. Os prejuízos catalogados para os bovinos são diversos, mas o principal é a perda da eficiência produtiva causada pela diminuição da ingestão de alimentos e a piora da conversão alimentar. A conseqüência da infestação é o menor ganho de peso diário e queda da produção em rebanhos leiteiros. Essa situação se agrava em casos de altas infestações quando podem ocorrer quadros de anemia subclínica gerada por estresse, explicou Edson Bordin, gerente técnico de uma industria veterinaria. Outra perda importante que resulta do ataque da praga aos bovinos ocorre pelo grande estrago causado ao couro, que sofre danos pelas sucessivas picadas, alterando a elasticidade e tornando-o semi-aproveitável pelos curtumes.

A fase crítica, quando então são observadas as maiores infestações por mosca-do-chifre, ocorre próximo ao início e término do período das chuvas. Essa observação tem levado pecuaristas e técnicos a intensificar o manejo de prevenção sobre o controle das populações durante os meses que antecedem a entrada da primavera e verão.

O tratamento é recomendado quando a quantidade de mosca presente causa grande irritação aos animais. “Isso pode ser facilmente reconhecido e identificado, pois os animais ficam irrequietos, apresentando movimentos freqüentes e em demasia, da cauda e da cabeça”, explicou Bordin. Segundo o gerente, a ausência de um plano de ação para o controle integrado de pragas, usando o medicamento em momentos menos adequados para o tratamento, é visto como o principal problema para o controle efetivo da mosca-do-chifre. O tratamento mais adequado deve ser o integrado entre o uso de inseticidas de maneira racional, evitando hiper-exposição do parasita à droga e também não permitindo resíduos na carne e no leite. Indica-se o uso de inseticidas em animais infestados no início e no final da estação chuvosa.