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Greve da UFGD não paralisa projetos científicos

23 agosto 2012 - 01h53Por Dourados Agora

 A greve de servidores e docentes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) chega ao seu 86° dia e continua sem previsão para encerramento. O ano letivo já foi comprometido e deverá ser esticado até 2013; sem aulas, muitos dos 6.600 alunos acabam ficando ‘sem ter o que fazer’.

Contudo, vários ainda permanecem exercendo suas funções acadêmicas alheias aos protestos, principalmente àqueles que estão engajados em projetos de iniciação científica, mestrandos ou bolsistas. Este é o caso de Lidiane Manfré e Henrique Lima, alunos do curso de Zootecnia.

Eles participam de um projeto que analisa os ovinos nativos de Mato Grosso do Sul. “Muitos projetos estão em andamento e não são todos os estudantes que podem aproveitar o período de paralisação para descansar. São muitas análises e artigos a serem feitos e por isso temos que estar diariamente na universidade”, disse Lidiane.

Já Henrique veio de Nova Andradina para estudar em Dourados, e o fato de ter que arcar com as despesas de estadia na cidade mesmo sem aulas na graduação, parece não incomodá-lo. “O que vai atrapalhar mesmo é a questão do ano letivo. Isso sim pode nos prejudicar, pois alguns professores certamente vão aplicar provas assim que tudo voltar e vamos estar despreparados. Consequentemente surgirão reprovações”, explicou.

Eles complementam: “O que nos foi passado é que se as aulas voltarem até setembro, conseguiremos concluir o primeiro semestre e depois seguiremos até fevereiro, sem interrupções com o recesso de final de ano, para terminar o segundo semestre, porém, se isso não acontecer o quanto antes, o ano letivo em vigência poderá ser cancelado”, disseram.

Protestos

Na tarde desta quarta-feira (22), estudantes, professores e técnicos administrativos da UFGD se reuniram em novo manifesto na Praça Antonio João, no centro da cidade. Por volta das 17h30, horário de tráfego intenso de veículos, eles fecharam a Avenida Marcelinos Pires irritando muitos motoristas. O objetivo foi criticar a postura da presidenta Dilma sobre a negociação salarial dos servidores federais.