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Garras prende quadrilha de ladrões de gado que agia no norte de Mato Grosso do Sul

11 abril 2018 - 15h38Por Correio do Estado

A Delegacia Especializada de Repressão a Roubo Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) prendeu quadrilha de ladrões de gado que agia na região norte de Mato Grosso do Sul. O grupo, ligado a pelo menos quatro furtos com o total de 128 animais, contava com corretor para intermediar contato com compradores.

Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, na sede do Garras, em Campo Grande, o delegado Fábio Peró apresentou os seis envolvidos. Eles foram identificados como Genivaldo José de Almeida, de 42 anos, Edivaldo Ortiz, 49, Simão Oliveira da Costa, 26, Marcelo Gomes da Silva, 24, Nilo Cunha, 54, e Sérgio Luiz de Barros.
 
Segundo Peró, Genivaldo chefiava o bando e tinha até mesmo um depósito para armazenar os animais. Ele tinha suporte de Edivaldo, corretor com contato em diversos estados, responsável pelas negociações. "Os demais se dividiam em tarefas como dirigir os caminhões e apartar o gado. Nosso trabalho continua porque pode haver mais envolvidos", disse.
 
Investigações
 
As investigações tiveram início em fevereiro, a partir do furto de 50 reses de uma propriedade rural no município de Ribas do Rio Pardo. À época, o setor de abigeato (furto de gado) do Garras identificou Genivaldo como um dos mentores do crime e conseguiu recuperar 34 animais que já haviam sido comercializados em Rancharia, no interior de São Paulo. Para legitimar os crimes, eles emitiam notas fiscais falsas. "Se aproveitavam de estoques virtuais de pecuaristas idôneos e apresentavam notas no nome deles".
 
Genivaldo chegou a ser indiciado, mas respondia pelos atos em liberdade. Entretanto, as informações colhidas pelos investigadores levaram à descoberta de que haveria furto de gado na cidade de Bandeirantes. No final de semana passado, os policiais foram para a região e deram início ao monitoramento. Na madrugada de domingo para segunda-feira, flagraram comboio suspeito se aproximando.
 
O grupo composto por dois caminhões e um caminhonete Toyota Hilux seguiu na direção de uma fazenda no acesso à entrada para Camapuã. Lá, a quadrilha, com apoio de funcionários da fazenda e de propriedade vizinha, carregou 45 bois avaliados em aproximadamente R$ 100 mil. Quando o grupo acessou a BR-163 sentido Campo Grande, foi abordado.
PRISÃO
 
Os policiais montaram bloqueio na rodovia, mas o bando não obedeceu e fugiu. "Foi necessário efetuar disparos nos pneus dos caminhões para que eles parassem", explicou Peró. Genivaldo e Edivaldo estavam na caminhonete. Nilo e Sérgio dirigiam os caminhões, e Marcelo e Simão eram os peões que apartaram o gado e também trabalhavam nas propriedades invadidas.
 
Todos eles respondem pelo crime de furto qualificado, organização criminosa e desobediência, já que desrespeitaram ordem de parada. Simão responde por posse de arma de fogo, porque na casa dele foi apreendida  uma espingarda calibre 24, e Edivaldo será indiciado por resistência, pois tentou resistir à ação policial. "Eles estão envolvidos neste caso do flagrante, no furto ocorrido em Ribas e outros dois em Camapuã e São Gabriel do Oeste", pontuou o delegado do Garras.
 
À imprensa, Genivaldo, chefe do bando, disse que no caso de Bandeirantes, apenas foi chamado para busca a carga. "Falaram pra eu ir lá buscar e fui", justificou ele, negando que tenha obtido a Hilux por meio do dinheiro do furto. "Eu sempre tive minhas coisas e já puxei muita soja em São Gabriel do Oeste". Nilo, com passagens por tráfico, negou saber do furto. "Eu trabalho com frete e sempre carreguei de madrugada, por isso não desconfiei". Os demais se recusaram a falar com a imprensa.