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Fim da TPP pode beneficiar agronegócio brasileiro, avalia presidente da AEB

24 janeiro 2017 - 00h00Por Estadão Conteúdo

A saída dos Estados Unidos da Parceria Transpacífica, determinada nesta segunda-feira, 23, pelo presidente Donald Trump, pode resultar em benefícios para o agronegócio brasileiro caso o Brasil aproveite a oportunidade para negociar com os mercados que vão deixar de receber produtos norte-americanos em condições especiais, avalia o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

“Como os EUA são concorrentes do Brasil na exportação de carne bovina, suco de laranja, açúcar, soja, entre outras commodities, pode haver um impacto positivo para nós, mas o governo brasileiro tem de tomar ações para se aproximar dos países que fazem parte da parceria e não apenas ficar esperando”, afirmou.

Por outro lado, alertou o presidente da AEB, se a postura protecionista de Trump ganhar corpo ao longo do seu mandato, as relações entre EUA e China podem ser reduzidas, gerando uma menor demanda chinesa por commodities, o que teria efeito negativo no Brasil, um grande exportador de commodities.

Em relação ao Nafta, acordo de livre comércio da América do Norte que Trump pretende renegociar, Castro disse que o efeito pode ser negativo para o Brasil. “De todas as exportações do México, 80% vão para os EUA. Se o Nafta for implodido, o México vai ter de olhar para outros mercados”, afirmou o presidente da AEB, ressaltando que o Brasil pode perder mercados para os mexicanos. “O México tem cerca de 40 acordos bilaterais com o mundo, inclusive com a União Europeia, coisa que o Brasil não tem”, acrescentou.