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Família triplica produção de leite sem aumentar número de vacas, em MS

08 abril 2012 - 01h46Por G1

Um dos desafios de Mato Grosso do Sul é aumentar a produção de leite para atender à indústria. Conheça o exemplo da família Brito, que conseguiu triplicar a produção sem aumentar o número de vacas. Pasto verde, vacas gordas e leite em abundância, não importa a época do ano. Quem chega ao sítio Estrela Cadente, em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, depara-se com fartura.

A propriedade pertence à família Brito. Dona Aurélia, a matriarca, conta que muita coisa mudou na propriedade nos últimos anos. "Já estamos fazendo financiamento para construir um barracão novo, e instalar a ordenha e o tanque", conta. No sítio de 20 hectares, a família mantém 14 vacas leiteiras e retira 220 litros por mês. Há quatro anos, era apenas 60 litros e os mesmos animais. Eliane, a filha, é a responsável pela contabilidade. Os números provam o aumento na renda familiar. "Antes a gente vendia o litro do leite a R$ 0,22.

Hoje a qualidade melhorou, e vendemos a R$ 0,75. Vacas que davam antes nove litros na ordenha, hoje dão 24 litros", relata Eliane. O que mudou no sítio foi o manejo. No passado, o alimento vinha do pasto de brachiaria. Hoje, duas vezes ao dia, as vacas comem ração feita de milho e casca de soja. Os animais, que antes precisavam de 40 hectares de pasto, agora se alimentam em apenas 1,6 hectare. A variedade da forrageira é outra: em vez da brachiaria, o tifton.

Com o passar do tempo, a família percebeu que para manter o gado produzindo o ano inteiro, era preciso investir na oferta regular de água. Isso não era possível se dependesse apenas da chuva. Foi adotado um sistema de irrigação, em que a água sai de um poço artesiano e chega aos piquetes por meio de mangueiras.

O resultado é pasto verde o ano inteiro e produtividade e alta. Por ano, são 37 mil litros de leite por hectare. O exemplo da família Brito serve a outros pequenos produtores rurais, segundo o engenheiro agrônomo Mário Barbosa. "Enquanto o produtor não tomar consciência de isso merece ser cuidado como uma lavoura, não vai conseguir bons resultados", diz. Com a renda que vem do leite, os Brito fazem novos planos. A ordenha mecânica deve começar a funcionar ainda este ano. Outras quatro vacas leiteiras, compradas recentemente, também vão inicar a produção logo.

A meta é chegar aos 500 litros de leite por mês.