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Falta de mão de obra qualificada dificulta crescimento da inseminação artificial

23 fevereiro 2012 - 10h37Por Canal Rural

Desde a década de 30 a inseminação artificial é uma tecnologia de reprodução que está disponível na pecuária brasileira. Para o produtor recuperar os custos de uma vaca e gerar receita, a fêmea precisa ter um bezerro ao ano, mas, ainda hoje, apenas 10% das matrizes é inseminada. Um dos motivos para a resistência dos pecuaristas está na falta de mão de obra qualificada para o serviço. Para resolver o problema, alguns pecuaristas usam a técnica da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

Em uma central de touros no município de Uberaba, em Minas Gerais, saem, por mês, 26 novos inseminadores, pessoas preparadas para realizar inseminação artificial pelo Brasil. Apesar de novas turmas de capacitação, a falta de mão de obra qualificada ainda é um dos problemas para o crescimento da inseminação artificial no país.

Com a IATF é o pecuarista que determina em que dia vai inseminar os animais da fazenda. No lugar da observação de cio entra a aplicação de hormônios, chamada de protocolo, que é feita de duas formas. A principal delas é um dispositivo intravaginal que libera gradativamente o hormônio progesterona no organismo da vaca. O técnico usa também doses injetáveis. De oito a 10 dias depois, dependendo do tipo de protocolo adotado, o dispositivo é retirado e após 48 horas a vaca é inseminada.

Com a mão de obra, hormônios e sêmen, um protocolo custa em torno de R$ 50,00, por animal. Com a IATF, a taxa de prenhezes se assemelha com a da inseminação convencional, mas a vantagem é que 50% destas prenhezes acontecem já no início da estação de monta. Usando a IATF é possível inseminar até 300 vacas em um único dia e assim programar o nascimento dos bezerros para a mesma época e diminuir o intervalo de partos.

Quando o pecuarista depende do cio natural da vaca são inseminadas no máximo 15 por dia. A média nacional de intervalo de partos é de 18 meses. Com a IATF o intervalo cai para 12 meses.