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Esquema de corrupção da JBS começou com notas frias na compra de gado em MS

24 julho 2017 - 00h00Por CarneTec

O esquema de corrupção envolvendo controladores da JBS começou em Mato Grosso do Sul, quando eram emitidas notas fiscais frias simulando a compra de gado para justificar a saída de dinheiro do caixa da empresa direcionado ao pagamento de propinas a políticos, segundo informações da delação premiada de Joesley e Wesley Batista reveladas pelo Jornal Nacional no sábado (23).

O gado era vendido e pago mas não chegava a ser entregue ao comprador. O esquema durou pelo menos 13 anos, segundo Wesley Batista. Ele disse durante delação premiada que o dinheiro era usado para pagar propinas a secretários e ao governador de MS, Reinaldo Azambuja (PSDB), em troca de descontos em impostos.

Wesley disse ainda que o frigorífico Buriti, de Aquidauana, foi usado pelo governador para lavar dinheiro de propina. O estabelecimento vendeu 1,6 mil toneladas de carne da JBS, mas o carregamento nunca foi entregue, segundo dados da Superintendência Federal de Agricultura no estado.

Uma lista com 56 notas fiscais do frigorífico Buriti, pelo fornecimento de carne, e 23 notas de compra de gado vivo de 12 pecuaristas foi entregue por Wesley ao Ministério Público Federal.

O advogado do frigorífico Buriti negou as irregularidades à reportagem do Jornal Nacional. O governador Reinaldo Azambuja também negou em nota que tenha recebido vantagem indevida.

A J&F, empresa controladora da JBS, teria pago R$ 150 milhões em propina nos últimos dez anos em troca de descontos de R$ 500 milhões no ICMS em Mato Grosso do Sul, segundo o Jornal Nacional.