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Mercado pecuário

Especulação baixista ganha força com boa parte dos frigoríficos exportadores ausentes dos negócios

Nesta sexta-feira, 28 de outubro, os preços do boi gordo ficaram estáveis na maioria das praças, apesar do movimento de queda imposto pelos compradores

31 outubro 2022 - 08h53Por Portal DBO
Especulação baixista ganha força com boa parte dos frigoríficos exportadores ausentes dos negócios

A última semana de outubro foi balizada pela ausência de grande parte das indústrias frigoríficas das compras de gado no mercado spot, movimento liderado sobretudo pelas unidades exportadoras, informa nesta sexta-feira, 28 de outubro, a IHS Markit.

“O período de saída do mercado dos frigoríficos coincidiu com a entrada de animais oriundos do segundo giro de confinamento”, acrescenta a consultoria.

Paralelamente, a inconsistência no escoamento da produção de carne bovina no mercado interno e, ao mesmo tempo, as escalas de abate ainda confortáveis das unidades frigoríficas acentuaram a pressão baixista na arroba do boi gordo ao longo desta semana.

Pelo lado da oferta, relata a IHS, o volume de boiada gorda que chega ao mercado ainda segue acima da demanda vigente, um desequilíbrio que deve permanecer após a virada do mês, já que escalas de abate das indústrias são compostas, em sua maior parte, por oferta de lote provindos de confinamento próprio ou a partir de parcerias entre indústrias e grandes invernistas.

Dessa maneira, diz a IHS, o pecuarista permanece mais exposto ao movimento baixista imposto pelos frigoríficos compradores.

Segundo apurou a IHS, as escalas de abate das indústrias brasileiras já adentram o mês de novembro, retirando em grande parte a necessidade em efetuar novas compras de boiada gorda no mercado spot.

“Outro fator que limita o vigor das compras é a redução das operações de abate observadas em algumas unidades frigorificas”, observa a IHS.

Cautela pós-Eleições

Especialmente nesta sexta-feira, a IHS Markit captou que houve fugas dos negociantes do mercado do boi gordo, tanto na compra como na venda, o que contribuiu ainda mais para o ambiente de baixa liquidez.

Nesta manhã, diz a IHS, a ausência de negócios era justificada, em parte, pelo efeito eleitoral deste domingo, ou seja, há dúvidas sobre o comportamento dos preços a partir desta segunda-feira.

“Este cenário de incertezas aumentou a cautela entre muitos players, que optaram por não efetivar novos negócios, bem como não referenciar indicações de preços, aguardando maior clareza quanto aos rumos do País a partir da próxima semana”, reforça a IHS.

Porém, independentemente das dúvidas atuais, o que se sabe é que as tentativas seguidas de quedas mais bruscas nos preços do animal gordo por parte das indústrias afugentaram muitos pecuaristas, já que referenciais abaixo dos pisos atuais pressionam ainda mais as margens de operação e comprometem negativamente a atividade das fazendas.

Na avaliação da IHS, a apesar da atual pressão de baixa, os pisos atuais dos preços da arroba do boi gordo parecem não abrir mais espaços para recuos ainda mais significativos como os observados ao longo de outubro.

“No mercado atacadista, o último final de semana do mês não traz perspectivas positivas para as vendas de carne bovina”, informa a IHS. Apesar do feriado no meio da próxima semana, o mercado não acredita em elevação da demanda, acredita a consultoria.

As perspectivas se voltam para o primeiro final de semana de novembro, quando movimentos positivos na demanda podem contribuir para o escoamento dos estoques nos entrepostos e nas câmaras frigoríficas da cadeia de produção, que apresentam volumes significativos, prevê a IHS.

Estabilidade em SP

Nas praças paulistas, o mercado do boi gordo fechou a semana estável, mas bastante pressionado devido ao mercado externo e às escalas de abate longas, informa a Scot Consultoria.

Dessa forma, o boi gordo paulista está cotado em R$ 275/@, a vaca gorda em R$ 260/@ e a novilha gorda em R$ 269/@, preços brutos e a prazo, segundo a Scot.

Bovinos destinados à exportação, popularmente conhecido como “boi China”, estão cotados em R$ 280/@ na praça paulista (preço bruto e a prazo).

Em relação à exportação de carne bovina brasileira, o enfraquecimento de sua moeda pressiona os importadores chineses, que tentam negociar a carne brasileira a preços mais baixos, destaca a Scot.

“Indústrias exportadoras brasileiras alegam que os chineses estão barganhando preços menores para realizar novos negócios”, ressalta a IHS Markit.

De acordo com a Secex, durante as três primeiras semanas de outubro, o fluxo médio diário de embarque de carne de bovina in natura nos portos brasileiros foi de 10,19 mil toneladas/dia, mais que o dobro da média observado em outubro de 2021, quando naquele período o Brasil sofria os efeitos do cancelamento do envio à China.

Já em relação ao preço médio, o valor da carne bovina in natura exportada ficou em torno US$ 5.900/toneladas, com queda de 1,5% frente ao valor de setembro/22 e recuo de 13,5% frente a máxima do ano de 2022, atingida no mês de julho/22, compara a IHS Markit.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta sexta-feira, 28/10
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 242/@ (prazo)
vaca a R$ 232/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 248/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca R$ 248/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 245/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 289/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 2561/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)