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Delação da JBS não afetou mercado de carne, diz Marfrig

26 maio 2017 - 15h28Por Revista Globo Rural

Apesar da incerteza provocada pelas delações da JBS à Justiça, o mercado de carne bovina interno e externo segue operando normalmente. Foi o que afirmou, nesta quinta-feira (25) o CEO da Marfrig Global Foods, Martin Secco.

“Não temos noção do que vai ser a situação final do que aconteceu, estamos trabalhando com plantas a full [usando a capacidade total], não mudou em absoluto, não vemos mudança no mercado do boi nem de muita coisa que se fala em nível de consumo”, disse, durante o seminário A Força do Campo, promovido pelo Banco Santander em Cuiabá (MT).

Em relação às exportações, Secco afirmou que os embarques seguem em ritmo normal e assim devem se manter. Um efeito poderia ser a alta dos preços, mas o executivo explicou que o que vem ocorrendo é o contrário. Diante da valorização do dólar, os clientes externos pressionam por preços menores.

“Fizemos negócios com câmbio mais baixo que está hoje. Entrando a divisa, a empresa terá um ganho. Mas já tivemos situações em que quando entrou a divisa, estava mais baixo. Para nós não é uma boa noticia esse altos e baixos do cambio”, avaliou o executivo.

Secco confirmou ter recebido informações sobre a relutância de pecuaristas em vender gado para a JBS. No entanto, não soube dizer se isso, de fato, está ocorrendo, argumentando não ter percebido alterações na oferta de animais para abate. Para o CEO da Marfrig, deve levar mais alguns dias para essa situação ficar mais evidente.

O executivo classificou a crise causada pelas delações da JBS como um fato triste para o setor frigorífico. E descartou a possibilidade da Marfrig avançar em mercados onde a participação da JBS eventualmente diminuir. “Não estamos planejando em cima da desgraça dos outros”, disse.

Abertura de capital

O CEO da Marfrig Global Foods informou ainda que segue normalmente o processo de abertura de capital de sua subsidiária Keystone Foods. O processo já foi submetido à provação da Security and Exchange Comission (SEC), autoridade dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.

Sem dar detalhes sobre o calendário de tramitação do processo de IPO, Secco disse apenas que os recursos obtidos devem ser usados em projetos de expansão.