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Clima muda e entressafra faz preço do leite subir 8% ao produtor de MS

25 abril 2017 - 13h27Por Campo Grande News

A chegada do Outono e a mudança no clima já tem interferido na produção de leite em Mato Grosso do Sul.  O resultado da menor oferta do produto é a alta no preço, para o produtor e consequentemente, para o consumidor final.

Em março comparado a fevereiro, os valores pagos ao produtor registraram alta de 6,8%, quando foi registrado R$ 0,9404/litro fechando o mês a R$ 1,004 por litro, segundo Boletim da Bovinocultura de Leite, divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

Comparado ao mesmo período do ano passado, a alta foi ainda maior, de 8,3%, quando o valor registrado na época foi de R$ 0,9269.

"O preço segue valorizado para o produtor devido o período da entressafra, onde reduz a quantidade de produto, não suprindo a demanda de mercado. Para o próximo mês, o prognóstico é de que a alta seja mantida", avalia a economista da Famasul, Adriana Mascarenhas.

Para o consumidor, segundo Adriana, a diferença já pode ser sentida, mas ainda de forma amena, com leve alta no valor do produto nas prateleiras. Alguns derivados do leite registraram até mesmo queda no período, como a mussarela (-1,3%) e as bebidas lácteas (-1,2%).

"Para o consumidor a alta ainda é recente e conforme o boletim, alguns derivados até retraíram. É necessário observar o mercado para avaliar os reflexos nos próximos meses", considera.

Oferta de insumo

Com a oferta de milho, principal insumo para fabricação da ração bovina, o produtor também tem vantagem no período, com ganho de quase 43%, no sistema de troca.

Em março, a troca de leite por milho entre produtores foi de 23,7 litros do produto pela saca de milho de 60 kg. No mesmo período do ano passado, eram necessários 41,6 litros por saca.

"Essa relação está muito favorável e positiva para o pecuarista leiteiro. Outro fator que deve ser levado em conta no período é a preparação do produtor. Aquele que conseguiu se preparar para o período, para a chegada do Inverno, terá mais oportunidade, mas sabemos que não é comum que o criador consiga preparar e estocar alimento para o momento da falta de pasto, poucos tem condições", destaca a economista, apontando quem pode conseguir melhor desempenho no período de entressafra.

Quanto as exportações do período, o déficit da balança comercial brasileira de lácteos, foi US$ 36 milhões, leve retração comparado aos R$ 37 milhões registrados em fevereiro.