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Cana é opção rentável a produtores de grãos em MS, diz entidade

26 janeiro 2012 - 12h06Por g1 MS

Pelo terceiro ano consecutivo, a cana-de-açúcar ganhou espaço entre as culturas tradicionais, como milho e soja, na edição 2012 do Showtec, feira de difusão de tecnologias agropecuárias voltada a produtores rurais e profissionais do agronegócio, realizada em Maracaju, a 162 km de Campo Grande. A cana tem sido apresentada como opção rentável na lavoura.

O presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda, afirma que cada vez mais os produtores rurais veem a cana como alternativa para o plantio. "As usinas sucroalcooleiras têm interesse em adquirir a safra, e notamos que há uma classe de fornecedores crescente no estado", diz Hollanda. "Na safra passada colhemos 33,5 milhões de toneladas em uma safra ruim, mas a capacidade instalada das indústrias é de 70 milhões de toneladas", completa.

A proposta de levar a cana-de-açúcar ao evento, segundo os organizadores do Showtec, é estimular a diversificação de culturas entre os produtores rurais. O diretor executivo da Fundação MS, Dirceu Luiz Broch, explica de que forma o agricultor pode implantar a cana em seus negócios. "O produtor destina até 20% da área para a cana. Embora o ciclo seja mais longo em comparação à soja e ao milho, a rentabilidade será maior. Por meio de acordos com as usinas, o produtor pode assegurar que a safra será comercializada", diz Broch.

Diversificação é oportunidade, diz professor
A diversificação da matriz econômica do setor agropecuário é uma das vantagens que o Brasil possui perante os mercados mundiais, na opinião do professor Marcos Fava Neves, doutor em Administração de Empresas pela USP (Universidade de São Paulo).

Durante palestra na abertura do evento, na quarta-feira (25), Fava Neves destacou que a ampla variedade de commodities exportadas e o crescente número de países compradores devem permitir ao setor bater recorde em exportações em 2012 nas vendas ao exterior, superando a marca dos US$ 100 bilhões.

"Ainda temos muitos desafios a serem superados, como o baixo nível de uso de tecnologias no campo e a alta nos custos de produção. Ainda assim, estamos diante de uma ótima oportunidade de atender aos mercados mundiais, fazendo mais com menos", diz o professor.