Menu
Busca quinta, 28 de março de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
25º
Expogrande institucionalEstamos há dias do início da Expogrande
Notícias

Câmbio, clima e demanda na China determinarão preço da soja na próxima safra

02 dezembro 2009 - 00h00Por Agência Brasil.

Os produtores de soja brasileiros dependerão de vários fatores para garantir sua rentabilidade na safra 2009/2010. De acordo com a Coordenadora de Assuntos Econômicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rosemeire Santos, o câmbio, o clima, o consumo da China e o crescimento mundial serão determinantes na cotação do produto.

Segundo ela, que participou nessa terça-feira (1º) da reunião da Câmara Setorial da Soja para discutir as perspectivas do setor para o próximo ano, a produção mundial do grão nesta safra deve aumentar de 210 milhões para 250 milhões de toneladas.

Os Estados Unidos e o Brasil, principais produtores, devem aumentar o volume colhido de 86 milhões para 90 milhões de toneladas e de 57 milhões para 63 milhões de toneladas, respectivamente. O aumento do consumo na China é a solução mais próxima para compensar o aumento da produção.

O plantio da safra 2009/2010 está mais adiantado do que o da anterior. Rosemeire disse que enquanto, na mesma época do ano passado, 62% do plantio estavam concluídos, agora a área já alcança 70%. Entretanto, apenas 40% da safra estão com preços fixados no mercado futuro. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), Rui Prado, a média histórica de comercialização antecipada nesse estágio de plantio é de 60%.

Prado afirmou que a falta de garantias na comercialização está preocupando o setor. “As ferramentas de comercialização ainda não estão prontas e a safra começa com cautela, pois os estoques mundiais estão aumentando e o real está muito valorizado”, afirmou. De acordo com ele, é o aumento da demanda de soja na China que está sustentando o mercado.

Tanto Rosemeire quanto Prado afirmaram que o dólar a R$ 1,70 já afeta a rentabilidade dos produtores e que, abaixo disso, os sojicultores ficam no “fio da navalha”. Entretanto, os agricultores não têm opção. “Se o cenário para a soja está ruim, seu concorrente no plantio, que seria o milho, está pior”, afirmou Rosemeire.