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Mercado pecuário

Boi gordo: semana abre com queda de R$ 2/@ no preço da arroba em São Paulo

O valor do animal terminado "comum" está valendo R$ 273/@ no mercado paulista (a prazo), apurou a Scot Consultoria; boi-China é negociado por R$ 280/@ em SP

08 novembro 2022 - 09h28Por Portal DBO
Boi gordo: semana abre com queda de R$ 2/@ no preço da arroba em São Paulo

Depois da paradeira nos negócios observada na última semana, nesta segunda-feira, 7 de novembro, o preço do boi gordo amanheceu em queda de R$ 2/@ nas praças do interior de São Paulo, enquanto as cotações das fêmeas (vacas e novilhas terminadas) ficaram estáveis, informa a Scot Consultoria.

Dessa maneira, o valor do boi gordo “comum” agora vale R$ 273/@ no mercado paulista (a prazo, preço bruto), ante o valor de R$ 275/@ da última sexta-feira.

Por sua vez, a vaca gorda é negociada por R$ 260/@ nas praças de São Paulo e a novilha gorda segue  cotada em R$ 269/@ (preços brutos e a prazo).

O “boi-China” (abatido mais jovem, geralmente antes dos 30 meses) continua valendo R$ 280/@ (preço bruto e a prazo) no mercado paulista, acrescenta a Scot.

No atacado de carne bovina com osso, diz a consultoria, as paralisações nas estradas brasileiras dificultaram o escoamento de carne na semana passada, proporcionando desabastecimentos pontuais em diversas regiões do País.

“Com isso, a demanda na primeira semana de novembro veio ainda mais firme, refletindo em altas de preços no atacado”, relata a Scot.

Em São Paulo, o preço da carcaça de bovinos castrados teve alta de 5% no comparativo semanal, negociada a R$ 19/kg, enquanto a cotação de bovinos inteiros teve incremento de 5,6%, precificada em R$ 18,54/kg, informa a Scot.

Segundo apuração da IHS Markit, o mercado físico do boi gordo abriu a segunda semana de novembro assim como iniciou o mês, com fraca movimentação de negócios e cotações pressionadas.

“Obedecendo a típica movimentação de uma segunda-feira, a baixa liquidez nos negócios é influenciada pela ausência de ambas as pontas do mercado”, relata a consultoria.

Boa parte das unidades de abate não sinalizou preços no dia, enquanto muitos pecuaristas também ficaram fora das vendas de boiadas gordas, acrescenta a IHS.

Para traçar a melhor estratégia de compra de gado para os próximos dias, as indústrias avaliam o resultado da comercialização de carne no último final de semana, observa a IHS.

Neste contexto, os poucos e isolados reportes de negócios ainda envolvem carregamentos pequenos de animais terminados, com alguns frigoríficos conseguindo barganhar preços mais baixos pela arroba bovina.

De acordo com a IHS, as escalas de abate das indústrias brasileiras avançam sem maiores dificuldades, já que os poucos lotes que surgem no mercado spot são suficientes para atender minimamente as programações de abate entre as plantas frigoríficas.

“As indústrias ainda estão se valendo de ofertas de animais terminados oriundas de contratos de boi a termo (negociações antecipadas entre frigoríficos e pecuaristas), fato que permite mitigar maiores aquisições neste período de entressafra do boi no Brasil”, observam os analistas da IHS Markit.

Entre as principais praças pecuárias pesquisadas pela IHS, a consultoria destaca o movimento desta segunda-feira nos balcões de negócios de São Paulo, marcado pela ausência de compradores e, consequentemente, pela queda nos preços da arroba.

“No interior paulista, as indústrias frigoríficas operam com escalas de abate que atendem pouco mais de uma semana”, informa a IHS.

Mato Grosso do Sul e Pará são outros Estados onde as programações de abate também estão mais confortáveis, e chegam a mais de sete dias, acrescenta a consultoria.

Nos demais Estados, apesar das escalas de abate giraram baixo de uma semana, a realocação ou a redução da capacidade operacional são estratégias adotadas pelas indústrias para limitar o fluxo de compra de boiada gorda, relata a IHS.

Na B3, destaque para recuperação nas altas dos preços dos contratos futuros para os vencimentos ainda em 2022. “O setor segue de olho na consistência do escoamento da produção de carne bovina brasileira”, diz a IHS.

Também pelo levantamento da IHS, no mercado atacadista, os preços de alguns dos principais cortes bovinos (ponta de agulha, quarto de dianteiro e carcaça casada de vaca e boi) registraram alta nesta segunda-feira.

A oferta mais regulada de cortes bovinos, associada ao maior fluxo de escoamento no mercado, permitiu suporte ao movimento de alta nos preços, justifica a IHS.

Os cortes bovinos também reagiram ao movimento de altas nos preços das proteínas concorrentes (frango e suíno). A exceção foi o quarto de traseiro, que segue com preço inalterado.

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Na avaliação da IHS, a retomada nos preços da carne bovina no atacado deve neutralizar maiores movimentos de baixa nos valores da arroba bovina durante o período restante de 2022, já que as escalas de abate das indústrias começam a ficar mais curtas entre algumas regiões do País.

Caso as vendas externas continuem minimamente firmes, um cenário de recuperação mais consistente na demanda pela carne bovina deve ser observado na virada de ano, com reflexo no mercado físico do boi gordo.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta segunda-feira, 7/11. (Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 262/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 230/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 230/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 238/@ (prazo)
vaca a R$ 228/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca R$ 246/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)