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Bem-estar animal evita estresse em suínos durante a criação e no abate

30 agosto 2013 - 16h31Por Famasul
Bem-estar animal evita estresse em suínos durante a criação e no abate
Em janeiro, Brasil e União Europeia firmaram um acordo para troca de informações sobre o bem-estar animal. A intenção é estimular os cuidados que o produtor adota para evitar o estresse em suínos durante a criação e também no abate.
 
O criador de suínos, Rubens Valentini, trabalha com a criação de suínos há 27 anos. Ele cria mais de 100 mil animais, que são vendidos para frigoríficos anualmente. O dono da fazenda resolveu, em 2009, testar um novo método de produção e aplicar as normas de bem-estar animal. 
 
– Uma granja convencional tem ótimos resultados, que não são inferiores, no geral, daqueles que nós tivemos aqui com a gestação coletiva. Por outro lado, a gestação coletiva não tem maior numero de abortos que era uma das nossas principais preocupações. Não apresenta nada inferior a grande convencional – salienta.
 
Valentini explica que na produção convencional, a fêmea permanece os 112 dias de gestação, numa pequena baia, de 60 centímetros por pouco mais de dois metros, onde descansa e se alimenta. Ela só deixa o local no momento certo de ir à maternidade. Depois, retorna e completa a lactação. Nas instalações de bem-estar, exigidas pela União Europeia, os animais ficam em grupos e soltos.
 
Segundo Valentin, para evitar estresse, a alimentação ocorre de forma individual. A tecnologia permite que as fêmeas entrem sozinhas numa espécie de cabine. Tudo é registrado no chip que cada matriz carrega na orelha. Atualmente, um terço do plantel da fazenda, de 3800 cabeças, é criado dentro das normas de bem-estar.
 
– A grande vantagem é o absoluto controle na alimentação, que prevê que a máquina forneça exatamente o que a porca precisa no trigésimo oitavo dia, se assim for o caso, como eu tenho o desperdício zero. Então, nós observamos que na granja de bem-estar, o animal consome menos ração por quilo de leitão nascido, e produz leitões mais pesados – conta.
 
No Brasil, 99% das granjas ainda adotam o sistema de confinamento. Porém, a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, junto com a Unidade de Bem Estar Animal da Direção Geral da Saúde e da Proteção do Consumidor da Comissão Europeia vêm realizando vários trabalhos de conscientização em todo o país.