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Banco vai financiar frigorífico na venda de gado na Bolsa

26 abril 2010 - 00h00Por Correio do Estado, por Marício Hugo.

Mais um passo importante está sendo dado no sentido de viabilizar, em definitivo, a venda de gado gordo pela Bolsa Brasileira de Mercadorias – BBM que opera conjuntamente com a Bolsa de Mercadorias e Futuro – BM&F.

Na última sexta-feira, pela manhã, aconteceu reunião na sede do Banco do Brasil, em Brasília, envolvendo os interessados na implantação dessa nova sistemática de comercialização de gado. Representantes dos pecuaristas, da instituição bancária e da indústria frigorífica debateram e conseguiram com que o Banco do Brasil passe a garantir financiamentos para os frigoríficos quitarem na BBM os contatos de compra de gado dos produtores. Isso assegura confiabilidade ao sistema atendendo aos interesses tanto da indústria como dos produtores rurais.

A informação foi repassada na tarde de sexta-feira ao Correio Rural & Negócios pelo presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Famasul – Federação da Agricultura, Pecuária de Mato Grosso do Sul, José Lemos Monteiro, o Zé Ito.

Segundo ele, já ficou acertado, inclusive que amanhã, terça-feira, ele se reunirá com a superintendência estadual do Banco Brasil, como representante dos pecuaristas sul-mato-grossenses, para iniciar as tratativas para a implantação do sistema no Estado. “Os frigoríficos vinham alegando que não estavam tendo condições de operar no novo sistema, via Bolsa, por falta de capital de giro. Agora, com esse financiamento assegurado pelo banco, esse problema estará solucionado e o sistema poderá ser posto em funcionamento, como almejam tanto os pecuaristas”, afirmou Zé Ito. “Eu, inclusive, pretendo realizar a primeira operação de venda do meu gado esta semana”, assegurou o presidente da Comissão de Pecuária de Corte.

O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, também se pronunciou na semana passada afirmando ao Correio Rural & Negócios que a nova sistemática vai dar muito maior tranqüilidade e segurança para os pecuaristas e também para a indústria. As operações via Bolsa de Mercadorias dão transparências aos negócios, afirma.

Uma providência que ainda precisa ser adotada, segundo Riedel, que é cobrada por Zé Ito, é de que os tradicionais vendedores de gado para os frigoríficos, não acostumados a operar em Bolsa, precisarão se aproximar das Corretoras que normalmente têm operado apenas com a venda de grãos, para que os negócios comecem a ser viabilizados em Mato Grosso do Sul. “Os corretores do mercado físico precisam se associar aos corretores das bolsas, e dessa forma começarem a promover conjuntamente os negócios de gado na Bolsa”, esclareceu o presidente da Famasul.

Segundo Zé Ito, os corretores do mercado físico de gado podem, inclusive, se juntarem para adquirir uma corretora e dessa forma fortalecer o novo sistema de comercialização de bovinos, tão ambicionado pela classe há muitos anos, e que agora começa efetivamente a tomar corpo.