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Bancada Ruralista quer derrubar vetos à Lei do Funrural

07 fevereiro 2018 - 19h05Por Redação Globo Rural

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) está articulando ações para derrubar os vetos feitos pelo presidente Michel ao sancionar a Lei 13.606/2018 que trata do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Segundo o presidente da FPA, deputado federal Nilson Leitão (PSDB/MT) a bancada marcou reuniões com o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para discutir o assunto.

Leilão explica que o desconto de 100% das multas; cumulatividade da cobrança para pecuária, florestas plantadas, sementes e pesquisa; além da redução da alíquota para Pessoa Jurídica são os principais pontos a serem trabalhados pelos parlamentares.

A FPA também já solicitou a prorrogação do prazo de adesão ao programa, que se encerra no dia 28 deste mês. “De novo, a insegurança paira sobre o produtor com um prazo super apertado em meio a esse cenário indefinido e desfavorável”, afirmou a deputada Tereza Cristina (DEM/MS), vice-presidente da FPA e relatora do PL que originou a Lei.

Na opinião da deputada, com o projeto aprovado no Congresso, foi garantido que o pagamento da cobrança é viável aos produtores e adquirentes. “É uma dívida que o produtor não tinha. Veio inesperadamente. Se não conseguirmos barrar esses vetos, vamos tirar a competitividade de toda uma cadeia produtiva. Vamos trabalhar firmemente com o governo federal. É um trabalho intenso de articulação. Nossa posição é sempre em favor do produtor rural”, disse Tereza.

Nilson Leitão afirmou que a renegociação (Refis) é uma alternativa para o produtor. “Aquele que não quiser aderir, pode continuar brigando na Justiça. Mas a nossa luta é fazer com que este Refis não tenha juros, multas, nem encargos”, afirmou o presidente. Na ocasião, o deputado Júlio César (PSD/PI) reclamou do veto das renegociações de dívidas da agricultura familiar com os bancos do Brasil (BB), Nordeste (FNE) e da Amazônia (FNO). “Meu Estado vai sofrer muito com essa retirada. É uma injustiça enorme”, reiterou Júlio César.

Segundo o deputado Valdir Colatto, os vetos foram uma rasteira ao setor. “É inviável não ter o desconto das multas e o Senar incluído no parcelamento. Acordamos com o governo que o que seria aprovado não seria vetado e assim foram feitos os cálculos para viabilizar o processo. Não foi o que aconteceu. Agora o prazo está apertado e se formos submeter os vetos para a análise do Congresso Nacional, com certeza não teremos o tempo suficiente para fazer isso”, destacou o parlamentar. Também presente na reunião, Sérgio Souza (PMDB/PR) disse que os vetos trouxeram um desgaste desnecessário ao Congresso e a prioridade é trabalhar intensamente na prorrogação do prazo de adesão.