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Assocon aposta em redução no confinamento em 2010

14 dezembro 2009 - 00h00Por Valor Econômico, por Alda do Amaral Rocha.

Confinadores de bovinos, que tiveram de colocar o pé no freio este ano por conta da crise, avaliam que a concentração no setor de carne dificultará ainda mais a vida dos pecuaristas. A saída de vários frigoríficos do mercado e as operações de fusão e aquisição no setor reduziram as opções dos pecuaristas na hora de vender o gado.

De acordo com Ricardo Merola, presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores), em algumas regiões há a opção de vender para apenas um frigorífico. É o caso de Campo Grande (MS), onde Bertin e JBS S.A., que se uniram em setembro. "Você vende para a JBS ou não vende", disse. Em Rondônia, a situação é semelhante, segundo o dirigente.

Diante desse quadro, a Assocon defende que a análise sobre a concentração em relação a Bertin e JBS, que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) realiza, seja feita regionalmente. Atualmente, a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) faz um levantamento sobre a concentração que as recentes operações geraram. Além da união JBS e Bertin, a Marfrig também arrendou várias unidades que pertenciam ao Margen e ao Mercosul.

Além da maior concentração, a expectativa é de nova queda nos confinamentos em 2010, de acordo com o presidente da Assocon. A entidade reúne 47 confinadores no país. Neste ano, segundo Merola, o número de animais confinados pelos associados da Assocon ficou em 374 mil bois, quase 25% menos que os 498 mil de 2008. Para o confinamento em todo o país, a Assocon estima uma queda de 20%, para 2,3 milhões de cabeças.

Merola disse que as margens negativas no segmento levaram muitos confinadores a fazerem apenas um turno de produção. "O criador abortou o segundo turno quando viu que estava perdendo dinheiro". Ele afirmou que houve disputa por boi magro e os preços acabaram superando os do boi gordo.

“O recuo no confinamento este ano também decorreu da saída de fundos de investimentos do negócio por causa da crise”, disse Merola. Eles atuavam em parcerias com criadores e saíram devido às restrições de crédito. Frigoríficos também foram mais cautelosos.