A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) promoveu na tarde de hoje um encontro entre membros da diretoria da entidade e o deputado federal eleito Fábio Trad, para manifestar sua preocupação com o fato de que há questões urgentes envolvendo o agronegócio brasileiro, pendentes de soluções, e que o Congresso Nacional desviou-se de sua principal função – a legislativa – para atuar mais como um suporte administrativo para o poder Executivo. No que Francisco Maia, presidente da Acrissul, chama de “apagão legislativo”.
Para Maia, é preciso valorizar os parlamentares detentores de notável saber jurídico. “E o Mato Grosso do Sul, cuja economia é baseada fundamentalmente no agronegócio, precisa de representantes qualificados para elevar o debate dos assuntos do setor e legislar a favor da produção rural”. Entre esses assuntos, Maia cita a votação do novo Código Florestal, além de medidas como desoneração fiscal do setor com uma consequente reforma tributária, além de criação de programas de logística de transporte e estocagem de grãos, gargalos da agropecuária.
Para o deputado federal eleito, Fábio Trad, advogado e ex-presidente da OAB-MS, o assunto é polêmico, principalmente diante da oposição criada pela entrada dos ambientalistas na discussão, “mas a avaliação que fazemos é que o relatório do deputado Aldo Rabelo foi muito bem fundamentado, acho que atende a demanda de todos os setores envolvidos, acreditamos que nesse ano não será mais submetido à apreciação devida, mas que no ano que vem a nova Câmara Federal e Senado não terão dificuldades em concluir o processo de votação”, analisou.
Durante a visita de Fábio Trad, o deputado federal eleito participou de uma singela cerimônia, onde a fotografia de Laucídio Coelho Neto foi colocada na galeria de presidentes da Acrissul. Em sua última gestão, Laucídio presidiu a Acrissul por dez anos.
Durante a visita de Trad, que contou ainda com a presença dos diretores da Acrissul, Jonathan Barbosa, Luiz Vieira e Antônio Salgueiro, o presidente Chico Maia falou ainda da boa saúde financeira por qual passa a Acrissul, e do projeto da entidade de transformar o Parque de Exposições Laucídio Coelho num “shopping rural”. Atualmente, por conta da presença da Iagro e Agência Fazendária no parque, o movimento de produtores rurais chega a 350/dia, o que cacifa o local para abrigar empresas, instituições e outros órgãos públicos.
Trad se comprometeu ainda a criar uma ponte para que seja iniciado um debate para que a Prefeitura de Campo Grande possa instalar órgãos ligados diretamente o agronegócio dentro do Parque de Exposições. O vice-presidente da Acrissul, Jonathan Pereira Barbosa, ressaltou o fato de que a cidade é conhecida e reconhecida como “Capital Nacional da Pecuária”, mas no entanto ainda falta um entrosamento melhor com os poderes públicos para que o Parque de Exposições, a expressão máxima desta condição, seja melhor aproveitado e mais integrado à vida cotidiana do campo-grandense e das autoridades. “Se for preciso, abrimos mão até mesmo do prédio da sede da Acrissul para abrir mais espaço para isso”, finalizou Maia.
 
 
						
 Fábio Trad (dir.) em solenidade de atualização da galeria dos presidentes da Acrissul - Crédito: Via Livre
Fábio Trad (dir.) em solenidade de atualização da galeria dos presidentes da Acrissul - Crédito: Via Livre


