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Acrissul apresenta a Zeca suas propostas para o agronegócio

18 maio 2010 - 16h11Por Jefferson da Luz - Via Livre Comunicação.

Na manhã de hoje (18/05), o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, recebeu a visita do pré-candidato ao governo do Estado José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. O encontro foi uma oportunidade para que a entidade apresentasse alguns gargalos da produção no Estado. “Nós, da Acrissul, não vamos dar apoio ao um partido, vamos apoiar um programa de governo que atenda as reivindicações do agronegócio”, disse Maia logo de início, frisando que a entidade está aberta para receber todos os pré-candidatos.

O presidente disse ainda que um documento – que está sendo elaborado em parceria com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e sindicatos rurais – contendo todos os anseios da classe produtora será entregue aos candidatos ao governo do Estado e à Presidência da República.

Zeca do PT, que já foi governador por dois mandatos, disse que, se eleito, vai dividir a atual Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo) em três outras: Indústria e Comércio, Turismo e Agronegócio. “Dada à dimensão do Estado a Seprotur não atende mais as necessidades que temos. Está assoberbada de trabalho. Essas três secretarias formarão o tripé de um Estado novo, moderno e maduro”.

Maia lembrou que questões tributárias têm impedindo o desenvolvimento em certas regiões e destacou a cobrança do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o óleo diesel e a pauta fiscal dos produtos agropecuários. Em resposta, Zeca questionou se não há alternativa à cobrança presumida do imposto, e defendeu uma pauta fiscal de acordo com a realidade de mercado.

O vice-presidente da Acrissul, Jonathan Barbosa, lembrou que foi um dos fundadores do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), mas ressaltou que a entidade é apartidária e que o debate tem de ser feito com todos os que têm pretensões de ser governador. “Aqui nos temos um partido, o agronegócio”, resumiu. Ele destacou que questões da esfera federal, como disputas de terras com indígenas e restrições ambientais inviabilizam a produção. Em resposta, o deputado federal Vander Loubet (PT), presente na ocasião, sugeriu que a Acrissul tenha um representante na equipe que vai preparar o programa de governo para o agronegócio da futura candidata à Presidência da República, a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Nas questões indígenas o Estado tem de ser o mediador e não colocar fazendeiro e indígenas uns contra os outros”, atentou Zeca.

A planície - Toni Moura, produtor no Pantanal, disse que a região está abandonada, com estradas e pontes estragadas.  O pré-candidato respondeu a Moura que, atualmente, falta mais participação dos produtores na utilização do Fudersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), e que em sua gestão os recursos do Fundo eram destinados conforme a decisão de um conselho, o qual tinha forte participação da classe produtora.

Uma novidade apresentada por Zeca durante a reunião foi a proposta de criação de uma secretaria, ou sub-secretaria, especialmente para a região do Pantanal. Segundo ele, a ideia surgiu durante uma reunião com produtores de Corumbá que disseram que a planície tem virado área livre para a prática de crimes: roubo de gado e narcotráfico. “O Pantanal ocupa um quarto do território de Mato Grosso do Sul. Por tanto, por que não criar uma secretaria especializada para cuidar dos problemas da região e da gente que vive lá?”, questionou Zeca.

Sérgio Dias Campos (Jacaré), produtor e empresário, disse que a classe necessita de apoio e que devido a divergências algumas regiões do Estado não se desenvolveram como poderiam.
        
O tesoureiro da Acrissul, Luiz da Costa Vieira Neto, afirmou que os produtores estão dispostos a apoiar a candidatura de Zeca. Mas querem participação na elaboração de um projeto de desenvolvimento do setor rural do Estado. Pediu ainda – caso Zeca seja eleito – a volta do antigo regime de recuperação tributária, que viabilizava a criação de e engorda de animais vindos de Mato Grosso, algo comum já que muitos pecuaristas têm propriedades nos dois estados.   

Também estavam presentes o deputado estadual Paulo Duarte (PT) e o vereador de Campo Grande Paulo Pedra (PDT), entre representantes da classe produtora do Estado.