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Acrimat teme união entre ONGs, frigoríficos e varejo

27 novembro 2009 - 00h00Por Acrimat

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) está em estado de alerta quanto ao rumo das negociações comerciais entre o grupo formado pelos cinco maiores frigoríficos do País, uma ONG e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), para a certificação de origem da carne no Brasil.

"É muito perigoso e assustador saber que os cinco maiores frigoríficos do País, sejam pautados por uma ONG, e pressionados pelo setor varejista, alegando preocupação ambiental, mas com nítido interesse comercial", disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

As constantes notícias das negociações entre os três setores estão causando revolta entre os produtores de Mato Grosso. O representante da região do Arinos no Norte de Mato Grosso, Luis Fernando Conte, diz que considera "ultrajante que frigoríficos, ONGs e Associação Brasileira de Supermercados (Abras) façam acordos sem a participação do segmento produtivo, uma vez que este é quem impulsiona toda a atividade".

Para ele, está havendo uma "inversão de valores nesse debate já que estamos assistindo grandes grupos frigoríficos, Ongs e a Abras darem as cartas, ditando regras e nos impondo normas de maneira que a nós pecuaristas, resta apenas o ônus ambiental".

Fernando Conte ainda ressalta que "é preciso que haja uma conscientização no sentido de alertar aos três segmentos, que carne não nasce em câmaras frias, escritórios de engravatados e muito menos em gôndolas de supermercado. Creio que mais uma vez estamos diante do atropelo do bom senso, caminhando a passos largos para o "fim da picada".

Para a Acrimat, a situação torna-se mais grave quando se sabe que a certificação de origem da carne é uma pauta do GT Sustentável, mas que não está se posicionando e nem ocupando este espaço. "O GT Sustentável é o fórum nacional que reúne representantes de toda cadeia produtiva da carne, inclusive os cinco maiores frigoríficos do país, ONGs e varejistas".

Enquanto isso, movimentos paralelos, com participação dos próprios membros do GT da Pecuária Sustentável, ditam regras para os demais seguirem. A Acrimat participa desse fórum e tem cobrado um posicionamento firme de enquadrar seus membros a um comportamento único e responsável, pois hoje o que acontece, é que esse movimento paralelo fala uma coisa nas reuniões e outra fora, usando de forma espúria, um assunto tão sério", disse Luciano Vacari.

"Até quando vamos brincar de encontrar alternativas viáveis e baseadas em fatos científicos para uma produção sustentável? Hoje essa ONG que quer ditar regras para o setor, não constrói nada, só critica simplesmente para justificar os recursos que recebe. O produtor sabe muito bem dos seus deveres, mas não aceita ser pautado por inconsequentes", reagiu o superintendente da Acrimat.