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Acordo garante a vinda da 1ª Indústria de Leite em Pó de MS

03 março 2010 - 00h00Por Seprotur

O município de Terenos será sede da primeira indústria de leite em pó do Estado de Mato Grosso do Sul. O compromisso para a instalação do empreendimento do grupo Vencedor que terá investimentos iniciais da ordem de R$ 30 milhões foi celebrado nessa segunda-feira (01/03), entre os empresários e o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur).
 
De acordo com os dados do termo de acordo celebrado, o grupo empresarial assegurou a instalação da indústria em duas etapas, a primeira, dentro de doze meses, terá investimentos de R$ 30 milhões, e deve gerar 250 empregos diretos. Na segunda fase, prevista para funcionar em 24 meses, após a primeira, a planta industrial atingira sua capacidade plena, com o processamento diário de 600 mil litros de leite.
 
Além do leite em pó, a planta contará com a mais moderna tecnologia para a produção de diversos queijos, obedecendo aos mais elevados padrões técnicos e exigências internacionais, com elevada mecanização industrial. Também serão fabricados outros produtos, como o leite condensado, longa vida (UHT), achocolatados, iogurtes e diversos itens que agregarão ainda mais valor a matéria-prima regional.
 

O secretário adjunto da Seprotur, Paulo Engel, salientou a importância do investimento para o fomento qualitativo da matéria-prima estadual, principalmente na região central. Ele lembrou que caberá ao Estado, prefeitura e indústria a condução de um avançado programa de modernização do manejo e de capacitação do produtor. “O desafio é ampliar a qualidade e produtividade do leite nesta bacia”, adiantou.
 
Potencial e Logística - O Grupo Vencedor, que possui mais de 20 anos de história no setor lácteo e é dono das marcas “Vencedor”, maior fabricante nacional de mussarela em peça, “Marita” e “Heloisa”, está presente no Estado desde 2002, e hoje, já possui três laticínios em operação na região sul. Segundo um dos seus diretores, Francisco Bonagura, que esteve na Capital para a solenidade, na hora de decidir sobre o destino da maior unidade do grupo, a logística (produtiva e de comercialização), o potencial de crescimento produtivo da pecuária leiteira sul-mato-grossense, o potencial energético (matriz elétrica, gás e maciço florestal), prevaleceram.
 
“O Estado possui logística privilegiada, tanto para a comercialização como no abastecimento das matérias-primas necessárias a fabricação de nossos produtos, além de outras facilidades que não encontramos em outros Estados”, declarou.
 
Quanto ao potencial de crescimento da pecuária leiteira local, o presidente do Vencedor Laticínios, Rodolfo Junji Nagai, acredita, com base na experiência do grupo atuando no Estado, que é grande. Ele aposta na surpreendente capacidade de produção dos produtores sul-mato-grossenses, desde os pequenos da agricultura familiar aos médios e grandes.
 
Nagai lembrou como exemplo do empenho do setor, os resultados obtidos no laticínio da empresa em Rio Brilhante, onde o grupo iniciou suas atividades no Estado. Os técnicos do grupo observaram a produtividade da região saltar de 15 mil litros dia para 90 mil. “O crescimento foi tão rápido que superou nossa capacidade de processamento na unidade”, relata.
 
O prefeito de Terenos, Beto Pereira, não tem dúvidas que em seu município, ocorrerá o mesmo. Ele acredita que a vinda desta indústria e o apóio do governo estadual, por meio da Seprotur, Agência Estadual de Desenvolvimento Rural e Extensão Rural (Agraer) e dos técnicos do laticínio, no sentido de aprimorar a atividade, será possível elevar rapidamente a quantidade, qualidade e produtividade do leite na região.

“Temos um grande desafio, mas que vamos superar trabalhando ao lado do governo estadual e do grupo Vencedor”, assegura.
 
Beto também acredita que este investimento, viabilizado pelo empenho direito do governador André Puccinelli (PMDB) e da Secretária Tereza Cristina da Seprotur, consolidam o novo momento econômico de Terenos. “Com essa indústria láctea garantimos emprego na cidade e renda no campo, evitando assim o êxodo rural”, conclui.