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Palestras da Macal despertam público para a pecuária moderna

21 março 2010 - 18h27Por Jefferson da Luz - Via Livre Comunicação.

Produtores, peões e acadêmicos. Esse foi o público que compareceu às palestras do Doutor do Campo, realizada pela Macal, durante a 72ª Expogrande -que segue até o dia 28 de março. Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade e conhecer um pouco mais sobre manejo racional e também sobre como identificar um animal produtivo.

Cibele Otoni de Oliveira, aluna do 4º ano de Zootecnia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), destaca que a pecuária vive um momento de transformações e que é necessário que os produtores se atualizam. “Quem não se adequar a esta nova realidade tende a ficar para traz”, avalia a acadêmica.

O gerente comercial da Macal, Fernando Luiz Souza, mais conhecido como Mota, que ministrou a palestra sobre manejo racional de bovinos, disse que o objetivo da palestra é levar os participantes a perceber que, com uma mudança de atitude pode-se obter mais resultados. Em sua preleção, Mota disse que há três passos para se implantar o manejo racional em uma propriedade. Primeiro, compreender o comportamento do animal, segundo ajustar as instalações e por último manejar o gado de forma correta.

“A maior barreira é se romper com a cultura de trabalho. Depois disso, a respostas dos peões às novas técnicas de trabalho é muito boa. Eles aprendem tudo muito rápido e ficam satisfeitos com os resultados”, disse, lembrando que para o pecuarista o manejo racional se reflete em mais produtividade e lucro.

Essa parte da palestra Marcelo Oliveira Santana, aluno do 7º semestre de medicina veterinária da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), aprendeu muito bem. “Não sabia que respeitar o animal tinha influência nos resultados”, revela o aluno.

O melhor – Na mesma manhã, o Doutor do Campo levou sua platéia para fora do auditório. Em um “treinamento a campo” os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as dicas do médico veterinário José de Melo, técnico da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) em Campo Grande e membro do Colegiado de Arbitro de Raças Zebuínas e observar em animais expostos a que ele se referia.

Quem esteve presente aprendeu como identificar se um animal tem ou não aptidão para a reprodução e ganho de peso. Aprumos, arqueamento de costela, cobertura muscular e muitos outros detalhes, que para muitos passam desapercebidamente, são fundamentais na hora de se selecionar exemplares para reprodução.

“Para se fazer uma boa seleção é necessário se ter em mente características funcionais e econômicas. Funcionais: aprumos, pigmentação da pele, aptidão reprodutiva, entre outros. Econômicas: precocidade, acabamento de gordura e acabamento muscular”, pontua Melo.

Uma dica que o veterinário dá é quanto à precocidade do animal, tanto sexual quanto em terminação para o corte. Conforme explicou, um exemplar com pernas muito longas é um animal tardio, pois ganho de musculatura e de gordura só acontecem depois que os ossos são completamente formados. “O animal vai perder muito tempo na formação dos ossos, e vai atrasar ganho de carne”.

Ao fim das duas palestras, o diretor da Macal, Lamiro Stem Neto, lembrou que mudanças, em especial quando se trata de negócio, sofrem muita resistência, mas que muitas vezes são necessárias para se manter no mercado. “Mudar com inteligência, sabendo onde quer se chegar”, reforçou.