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Agricultura

Renda agrícola volta a nível pré-crise

05 abril 2010 - 00h00Por Estadão.

A dobradinha cana de açúcar-café vai garantir o crescimento da renda agrícola neste ano e a volta da receita do campo ao nível pré-crise. Entre grãos, algodão, café, cana e laranja, os produtores devem embolsar R$ 175,5 bilhões em 2010 com a venda da safra, nas contas da RC Consultores.

Em 2009, a receita total foi de R$ 164,9 bilhões e, em 2008, de R$ 174,2 bilhões. Neste ano, a cana e o café, juntos, vão contribuir com R$ 10,1 bilhões para o crescimento da receita. A cifra praticamente equivale à perda da renda do campo que ocorreu em 2009 por causa da crise.

Ao contrário dos últimos anos em que os grãos, sustentados pela soja e o milho, foram os responsáveis pela expansão da receita agrícola, agora duas lavouras permanentes, a cana e o café, são as estrelas da safra.

Os preços da cana estão em alta por causa da redução da oferta de açúcar no mercado internacional. No caso do café, apesar da grande safra, os estoques mundiais estão baixos e o consumo crescente. Na soja, safras abundantes nos principais produtores derrubaram os preços.

"O ano será mais favorável às lavouras permanentes", observa o sócio da consultoria e responsável pelas projeções, Fabio Silveira. Numa série iniciada em 1994, ele observa que o comportamento mais frequente da renda agrícola foi de expansão da receita com grãos e recuo das lavouras permanentes, aquelas que são plantadas uma única vez e colhidas durante muitos anos. Neste ano, o quadro se inverteu.

A renda projetada para a cana é de R$ 34,1 bilhões, com acréscimo de R$ 7,1 bilhões na comparação com 2009, segundo o estudo da consultoria, que considera dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços no atacado pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para o café, a perspectiva é de que a receita atinja R$ 18,9 bilhões, com expansão de R$ 3 bilhões sobre a de 2009. Enquanto isso, as rendas da soja e do milho devem encolher R$ 2,3 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo