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Agricultura

Pesquisa agrícola vive revolução tecnológica

17 dezembro 2010 - 00h00Por Agrolink

A adoção de tecnologias desenvolvidas pela pesquisa agrícola contribuiu para o país se consolidar no mercado internacional. O Brasil já é o maior produtor e exportador de açúcar, café em grãos e suco de laranja e alcança, também, a primeira posição nas vendas de carnes bovina e de frango, etanol e tabaco. Na avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, boa parte do sucesso brasileiro no mercado mundial de alimentos deve-se ao trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O governo Lula fez uma aposta firme e alavancou a Embrapa”, afirma.

Ele ressalta que as ações desenvolvidas pela empresa têm colaborado para o desenvolvimento do agronegócio. Um dos alicerces dessa política de reforço da pesquisa está no Programa de Fortalecimento e Crescimento da Empresa (PAC Embrapa), criado em abril de 2008, que atua em quatro áreas: pesquisa e transferência de tecnologia, recursos humanos, infraestrutura e inovação institucional. “Esse programa contribuiu para colocar o Brasil, mais uma vez, num patamar competitivo, por meio da geração de conhecimentos e de transferência de tecnologias”, ressalta o presidente da Embrapa, Pedro Arraes.

Arraes destaca que a pesquisa contribuiu, de forma decisiva, para a revolução da agricultura brasileira. “Ela está embutida em todas as etapas, seja na semente, no insumo ou no maquinário a ser utilizado”, lembra. Segundo o presidente da Embrapa, nos últimos dois anos, foram investidos R$ 351,8 milhões. Somente em 2010, foram aplicados R$ 220,7 milhões e, em 2011, serão destinados mais R$ 84,2 milhões. O orçamento do PAC Embrapa deverá alcançar R$ 656,7 milhões em quatro anos.

Metas

O programa prevê 141 metas, sendo que 127 serão atingidas até o fim de dezembro, e 14, no próximo ano, incluindo a adequação de laboratórios para atender às normas de qualidade e segurança. Além disso, serão criadas linhas de pesquisa e três unidades da Embrapa nos municípios de Sinop (MT), Palmas (TO) e São Luís (MA). Nos últimos anos, também foram inauguradas as unidades de Agroenergia, de Estudos e Capacitação e de Quarentena Vegetal. Com isso, são 42 centros de pesquisa e quatro unidades de serviço no país.

A área de infraestrutura recebe a maior parte dos investimentos do programa e inclui ações para a criação de novos centros, recuperação e ampliação das áreas existentes, adequação de laboratórios a normas internacionais de qualidade, adequação ambiental das instalações da Embrapa e a compra de bens e equipamentos para pesquisa.

Obras

Entre 2008 e 2009, foram contratadas mais de 150 obras e serviços de engenharia em todas as unidades, que contemplam desde a ampliação das instalações de suporte à pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju (SE), até o Abatedouro Experimental de Bovinos e Ovinos, em Bagé (RS).

Na capacitação de funcionários foram aplicados, desde 2008, R$ 14,2 milhões. A maior parte dos recursos foi destinada ao programa de pós-graduação de pesquisadores e analistas, que inclui treinamentos em novas áreas da ciência, realizados em instituições nacionais e estrangeiras. Também são oferecidos treinamentos para todo o quadro técnico e aos gestores, com o objetivo de melhorar a eficiência da empresa, aumentando o seu capital intelectual.

No período de 2003 a 2010, dois fatores contribuíram especialmente para que a Embrapa pudesse atender aos desafios do processo de desenvolvimento da agricultura brasileira: o orçamento passou de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,8 bilhão e o quadro de funcionários ampliou-se de 8,6 mil, em 2007, para 9,8 mil, em 2010, em especial o número de pesquisadores, que passou de 2,3 mil para três mil, no mesmo período.